O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) pediu mais informações à Justiça Federal de Mato Grosso para depois apreciar o pedido de liberdade impetrado pela defesa do delegado Márcio Pieroni. O policial está preso desde 9 de maio a pedido do Ministério Público Federal (MPF), que o acusa de ter praticado 7 crimes para tentar livrar o empresário Josino Pereira Guimarães do julgamento pela morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral.
O corpo do magistrado foi localizado em 7 de setembro de 1999, parcialmente carbonizado, em uma vala de uma estrada vicinal no Paraguai. O pedido de liberdade de Pieroni foi protocolado dias depois da prisão. Desde então, o documento já foi designado para 4 desembargadores.
Na denúncia do MPF, Pieroni, Josino, seu irmão Cloves Luiz Guimarães, o agente prisional Gardel de Lima e o detento Abadia Paes Proença são acusados de formação de quadrilha armada, denunciação caluniosa, falsidade ideológica, fraude processual, interceptação telefônica para fins não autorizados em lei, quebra de sigilo funcional e violação de sepultura.
A procuradoria entende que todos os crimes foram praticados e culminaram com a segunda exumação do corpo do juiz, em março, com autorização da Justiça Estadual, considerada incompetente para a decisão. A Justiça Federal determinou que os restos mortais fossem devolvidos ao cemitério no mesmo dia.
Os defensores de Pieroni e Josino negam as acusações e garantem que seus clientes estão presos injustamente.