O Tribunal Regional Federal da 1ª Região negou pedido de afastamento do juiz da 1ª Vara Federal, Julier Sebastião da Silva, para análise das investigações decorrentes da operação "Pluma", deflagrada pela Polícia Federal no início de julho sobre grilagem de terras da União e Indígena. A defesa do ex-comandante geral da Polícia Militar em Mato Grosso, coronel Adaildon Evaristo de Moraes, havia impetrado habeas corpus pretendendo declarar a incompetência da Justiça Federal para o caso. A decisão é do juiz federal César Jatahy Fonseca, proferida no dia 11 de setembro.
O coronel está entre os 6 oficiais da PM que davam apoio armado à ação de uma organização criminosa responsável por grilagem de terras da União e indígenas, confecção de títulos de domínio falsos, invasão de terras, expulsão de assentados, ameaças a fazendeiros e homicídios. Também foram presos o coronel Elierson Metello de Siqueira, tenente Adalberto da Cunha e Oliveira, capitão Antônio de Moura Netto, capitão Robson Oliveira Curi, e major Wlamir Luis da Gama Figueiredo.
As investigações da Polícia Federal revelaram que a quadrilha era liderada por Gilberto Luiz de Rezende, e pelo irmão dele, Admilson Luiz de Rezende, e causou prejuízo de mais de R$ 15 milhões aos cofres da União e a fazendeiros da região do Araguaia, onde a quadrilha agia. A Justiça Federal decretou o sequestro e indisponibilidade dos bens dos irmãos Rezende, no valor de quase R$ 13 milhões.