Três homens foram condenados, em júri popular, pelo assassinato de Juliano Tidre, 32 anos, morto com uma facada, na área central do município de Marcelândia, em maio de 2019. Os réus foram submetidos a julgamento, na última semana, e foram considerados, pela maioria dos jurados, culpados pelo crime de homicídio qualificado.
Juliano Tidre, que era primo e tinha o mesmo nome da vítima, teve a pena mais alta: 16 anos, em regime inicial fechado. Ele era o único que estava preso pelo crime, e a juíza Thatiana dos Santos, que presidiu o júri e fixou a sentença, decidiu manter a prisão.
“Tendo em vista não vislumbrar a desconstituição dos motivos que ensejaram a prisão preventiva do réu, sobretudo porque a materialidade fato e a autoria do fato restaram comprovadas, não reconheço a este o direito de recorrer em liberdade, considerando ainda a circunstância de que o crime em tela apresenta gravidade concreta, pois foi ceifada uma vida humana. Ademais, tratando-se de um réu que respondeu à ação penal preso, ofenderia a lógica do sistema autorizar a sua soltura no momento em que é proferida uma sentença penal condenatória”, disse a magistrada.
Francisco de Assis Fernandes, 50 anos, e Lucas Gonçalves de Lima, 23, foram sentenciados a nove anos e quatro meses de cadeia, cada. Ambos também terão que cumprir a pena em regime fechado, no entanto, poderão recorrer em liberdade, uma vez que não estavam presos.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), a vítima e o primo tiveram um desentendimento, sendo que Juliano teria desferido um soco no rosto do acusado e ido embora. Para o MPE, Juliano (réu) “com demasiado ressentimento de fúria pela humilhação sofrida” convocou Francisco e Lucas e saíram procurando pela vítima. Na avenida Colonizador José Bianchini, Juliano foi encontrado.
O trio desceu do carro e agrediu a vítima. A confusão foi contida por testemunhas, mas o primo de Juliano pegou uma faca e atingiu a vítima no tórax. Em seguida, o trio fugiu do local, mas a Polícia Militar conseguiu efetuar as prisões, no distrito de Analândia, cerca de 50 km de Marcelândia. Durante a operação, também foi localizada a faca usada no crime e apreendida uma espingarda. Em maio de 2019, Francisco e Lucas ganharam liberdade provisória.