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Três rios no Médio Norte recebem 180 mil alevinos

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A sexta edição do projeto ‘Peixe Vivo São José’, que tem como finalidade repovoar os rios e conscientizar a população quanto aos malefícios da pesca predatória, prossegue esta semana e devem ser soltos mais 80 mil em rios no Médio Norte. Desde o início do mês já foram soltos cerca de 110 mil peixes –  matrinxãs e piaus três pintas, espécies excessivamente retiradas das águas por conta do valor de mercado.

A justiça da comarca de São José do Rio Claro está na linha de frente do projeto iniciado em 2012, idealizado pelo juiz Walter Tomaz da Costa e pelo biólogo e presidente da Associação Peixe Vivo, Rodrigo de Matos Emiliano. Neste ano a iniciativa está sendo trabalhada de forma diferente das edições anteriores. Em vez de soltar as espécies de uma só vez, os animais estão sendo liberados nos rios ao longo de todo o mês e em diversos pontos. Com isso, os participantes estão conseguindo repovoar não só o rio Arinos, mas também os rios Claro e Sangue.
 
Em 2016 outra novidade do projeto é que os peixes estão sendo soltos com seis e 15 centímetros (respectivamente, piau e matrinxã), bem maiores do que no passado. “Neste tamanho, as matrinxãs nem são consideradas mais alevinos, elas já medem quase um palmo, entretanto a perda das espécies é de menos de 5%. Isso porque elas conseguem se defender melhor e ainda têm menos predadores nos rios, pois o peixe tem que ser grande para alcançá-las. Este ano soltamos em sete lugares diferentes, obtendo mais qualidade no resultado”, explica Emiliano.
 
Todo ano o projeto é iniciado juntamente com a piracema, quando então a Associação faz o pedido de produção dos peixes, acompanhando o ciclo normal da natureza. A reprodução segue até o final da temporada, momento em que são soltas as espécies. Realizado em parceria com o Poder Judiciário, com a Polícia Militar e com a sociedade, desde o início do projeto até hoje já foram soltos pelo menos um milhão de peixes.
 
Neste ano, o Judiciário injetou cerca de R$ 100 mil para que fosse possível a realização do projeto. De acordo com a juíza responsável pela comarca, Ana Helena Porcel, os valores são pagos por pessoas que cometem pequenos delitos. “Nós aproveitamos o valor advindo das transações penais e revertemos na realização deste importante projeto ambiental. Assim, além de repovoar os rios, nós também ajudamos na conscientização ambiental da população e das crianças que trabalham no projeto”, destaca a magistrada.
 
E a participação da população é grande. Quando o projeto começou eram cerca de 15 pessoas responsáveis por todas as ações. Nesta última edição pelo menos 200 pessoas foram envolvidas na realização da soltura dos peixes. Todos são voluntários.
 
De acordo com o magistrado Walter Tomaz, a participação popular está se expandindo, sendo que às vezes ficam pessoas na fila de espera para participar da execução do projeto. “Nós percebemos que poucas pessoas, mas com mão de obra qualificada, estressam menos os peixes que são soltos. Assim, não conseguimos fazer com que todos os interessados ajudem na execução. Também temos os jovens que se interessam pelo projeto e são nosso principal alvo na promoção da mudança de cultura ambiental”.
 
O magistrado explica ainda que as comarcas vizinhas também já demonstram interesse na execução do projeto. Como é o caso de Nova Maringá (400 km a médio norte), que desde 2015 já recebe uma edição própria chamada Peixe Vivo Maringá. Para os próximos anos a expectativa é que o projeto seja implantado também nas comarcas de Nova Mutum, Tapurah e Nova Canaã (699 km ao norte de Cuiabá), informa a assessoria.

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