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Três rios estão impróprios para banho em Mato Grosso

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Três locais de banho frequentados pela população foram considerados impróprios, segundo o relatório da Campanha de Balneabilidade, realizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Os trechos são: comunidades de São Gonçalo Beira Rio, em Cuiabá, impróprio desde 2007; de Bonsucesso, em Várzea Grande, impróprio desde 2003; e Barra do Bugres (Rio Paraguai).

Cinco amostragens de 23 trechos dos principais rios mato-grossenses, em 10 municípios, foram analisadas entre 19 de junho e 08 de agosto. Entre os elementos que o estudo levou em consideração estão: quantidade de Escherichia coli (coliformes fecais); incidência elevada, anormal de enfermidades transmissíveis por via hídrica; presença de resíduos sólidos ou líquidos, como esgotos sanitários; nível de pH, entre outros fatores de risco à saúde humana estabelecidos pela resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Conforme o coordenador de Monitoramento da Qualidade Ambiental, Sérgio Batista Figueiredo, a campanha de balneabilidade é realizada anualmente pelo laboratório da Coordenadoria de Monitoramento da Qualidade Ambiental da Sema. O estudo tem o objetivo de subsidiar a atuação das prefeituras e dos órgãos de fiscalização e prever consequências futuras que decorreriam de uma expansão das atividades na área e de desenvolver medidas adequadas de controle.

“A utilização da água para fins recreativos é muito comum no Estado, principalmente nos rios próximos às cidades e onde ocorre a formação de praias na época da seca. Em razão disso, torna-se relevante conhecer a qualidade da água, para garantir a preservação dos recursos hídricos e a proteção da saúde da população”, declarou  Sérgio.

Dos 23 locais analisados, 20 foram classificados como próprios para a prática de recreação e banho. São considerados ‘excelentes' para banhistas: a Praia do Pari, o rio Coxipó na Comunidade de Coxipó do Ouro, o Balneário Soberto (rio Coxipó Açu em Cuiabá), Rio Claro (Cuiabá), Marina do Altair (Lago de Manso – Chapada dos Guimarães), a Praia da Arara (rio das Garças) e a Praia do Quarto Crescente (rio Araguaia).  

Na categoria ‘muito boa’ estão os locais Ponte de Ferro (rio Coxipó), Praia das Embaúbas (rio Cuiabá), Rio Bugre em Barra do Bugres e Praia Nortefly (rio Paraguai), Diamantino – Usina e Catira – Alto Paraguai.

Já o trecho ‘satisfatório’ para banhistas são: Rio Mutuca (Cuiabá), Praia de Santo Antônio e Praia das Veredas (Rio Cuiabá – Santo Antônio do Leverger), Cachoeira da Martinha, Cachoeirinha e Cachoeira dos Namorados (Chapada dos Guimarães).

A constatação da presença de coliformes fecais, em um determinado local, acima de 2.000 mililitros (ml) em mais de 20% das amostras pode estar associada ao lançamento de esgoto sanitário ou fezes de animais ou a presença de microorganismos patogênicos. Sérgio afirma que isso aumenta a possibilidade do banhista contrair doenças, como poliomielite, cólera, hepatite, febre tifóide, gastroenterite, doenças da pele e outras.

O coordenador alerta que nos últimos dois anos há uma tendência de piora geral na qualidade da água, principalmente nos rios da região hidrográfica do Paraguai e Araguaia-Tocantins e por isso é importante realizar práticas sustentáveis voltadas à preservação da natureza no Estado. Sérgio explica que é importante também evitar o banho após a ocorrência de chuvas de maior intensidade e a ingestão de água destes locais, sem o devido tratamento. “É necessário redobrar a atenção com as crianças e idosos, que são os mais sensíveis e menos imunes que adultos”.

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