O comandante-geral em exercício da Polícia Militar, coronel Marcos Roberto Sovinski, demitiu dois soldados e um cabo acusados de facilitar a passagem de produtos contrabandeados na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia. Os suspeitos estavam lotados no Grupo Especial de Fronteira (Gefron) quando supostamente aconteceram as transgressões.
Consta na portaria de exclusão que os militares “aproveitando-se da função que exerciam, de vigilância e controle sobre a faixa de fronteira entre o Brasil e a Bolívia, em tese, solicitavam vantagem indevida aos sacoleiros e lojistas, a fim de que permitissem a passagem pela fronteira de produtos adquiridos na Bolívia para serem comercializados no Brasil, sem o recolhimento de taxas alfandegárias”.
Um dos soldados, com dez anos de profissão, chegou a ser considerado inocente pelo conselho de disciplina da PM, porém, o comandante ressaltou que tem poder de aceitar ou não o relatório e, desta forma, considerou o acusado “culpado” e sem “condições de permanecer nas fileiras da corporação.
Foi determinado que os suspeitos devolvam o armamento e a farda em até cinco dias, porém, eles ainda podem recorrer da decisão. Não foi informado em qual cidade os policias estavam lotados.