A Comarca de Barra do Bugres (região Médio Norte) realiza, hoje, o Tribunal do Júri de um caso que ganhou grande repercussão na cidade devido a brutalidade com que ocorreu o crime. Rodrigo Freitas de Oliveira, Eder Marques de Souza e João Marcus Henrique serão julgados pelo assassinato de Josué Teixeira da Silva, morto por motivo torpe com 45 facadas, em janeiro de 2011.
Devido à perda de grande quantidade de sangue, Josué teve choque hipovolêmico, condição na qual o coração é incapaz de bombear sangue suficiente para o corpo. Consta nos autos do processo que Josué foi assassinado durante uma emboscada em uma rua deserta, horas depois de uma briga em uma boate. Josué nada tinha a ver a desavença na casa noturna e só entrou na confusão para defender seu primo.
Familiares e amigos da vítima se mobilizam para acompanhar o julgamento vestindo camisetas com a foto do rapaz. A sessão será presidida pela juíza Hanae Yamamura de Oliveira Gabriele. A previsão é que o júri dure o dia todo e seja estendido até amanhã. Isso porque serão muitas as pessoas a serem ouvidas, cada um dos três advogados, três testemunhas de acusação e três de defesa, bem como os próprios supostos assassinos.
Conforme os autos, a briga toda começou na boate quando Rodrigo jogou um copo de bebida em Adriano que era primo da vítima. Por conta disso, eles começaram a brigar envolvendo também outras pessoas na confusão. Encerrado o conflito, Adriano foi embora para sua casa juntamente com seu primo Josué.
Sabendo o local da residência de Adriano, os três réus teriam se armado com facas e ido até a casa dele. Não conseguindo ter acesso a Adriano, eles partiram para a residência de Josué. Eles circularam pelas proximidades até que o encontraram na rua Buriti, no bairro Jardim Alvorecer. Nesta oportunidade, Rodrigo passou a agredi-lo com golpes de facas, provocando diversas perfurações as quais lhe causaram a morte.
Enquanto Rodrigo agredia Josué, João Marcus e Eder teriam cercado o local dos fatos para que a vítima não fugisse. João Marcus e Eder também teriam sido responsáveis por entregar a Rodrigo as facas utilizadas na execução do crime. Rodrigo é réu confesso, pois detalhou os acontecimentos durante audiência de instrução realizada em maio de 2011. Ele alegou legítima defesa. Já João e Eder negam serem co-autores do homicídio.