As apreensões feitas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, somadas as fianças e pagamentos efetuados em razão da prática de crimes eleitorais, aumentaram em 56%. O comparativo diz respeito apenas ao primeiro turno das Eleições comparado aos dois turnos das eleições de 2016. Os números foram obtidos pelo Sistema de Registro de Ocorrências Penais e Inelegibilidades do Tribunal (Siropi).
Foram apreendidos R$ 152,7 mil, outros R$ 55,9 mil foram pagos em fianças, e R$ 22,5 mil pagos em multas e outras pecúnias judiciais. Ao todo, foram recolhidos R$ 231,2 mil até o dia da votação, sendo que nas Eleições de 2016 foram recolhidos R$ 148 mil. Comparando com os anos anteriores, de 2007 até julho de 2016, o TRE-MT havia recolhido R$ 156,9 mil.
“Existe uma série de fatores que fizeram a eficiência da fiscalização eleitoral aumentar, como as novas ferramentas tecnológicas de participação cidadã, aplicativo Pardal, bem como a atuação das forças de segurança e dos juízes eleitorais. A população, de forma geral, agora tem acesso a aparelhos celulares mais complexos, que possuem boas câmeras e conexão com a internet. Todo eleitor é um fiscal da justiça Eleitoral”, destacou o corregedor geral do TRE, Pedro Sakamoto.
A chefe da Seção de Orientação e Apoio da Corregedoria, Kelsen de França Magalhães, pontuou que é necessário um trabalho de inteligência para se fazer a apreensão de recursos. “Identificamos que o dinheiro circula antes do dia da eleição, e temos contado com o aumento da participação das forças policiais neste processo de fiscalização. As apreensões dependem muito de denúncias, de pessoas que não aceitam a corrupção eleitoral e informam a justiça para que as providências sejam adotadas”.