Trabalhadores dos Correios em Mato Grosso decidiram, ontem, em assembleia da categoria, manter a greve iniciada no dia 27. Também permanecem paralisados os sindicatos de Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Brasília, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, São José do Rio Preto, São Paulo (capital, Vale do Paraíba, São José do Rio Preto, Campinas, Bauru e Ribeirão Preto) e Santa Catarina.
Os demais sindicatos ainda não tinham informado o resultado até o fechamento desta matéria. Uma nova assembleia será feita na quinta-feira (4). Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares, haverá uma reunião, esta manhã, com o presidente da empresa. Às 15h haverá uma mediação no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A direção dos Correios e os trabalhadores se reuniram na segunda-feira para tentar chegar a um consenso para finalizar a paralisação dos empregados. A proposta de acordo apresentada pelos Correios previa a revogação, por 90 dias, da medida que suspendeu as férias dos empregados. Com isso, os trabalhadores que iriam gozar as férias em maio, junho e julho teriam o pagamento dos valores até o teto de R$ 3,5 mil por empregado. O restante seria parcelado em cinco vezes. Os Correios haviam suspendido as férias dos empregados a partir deste mês, alegando não ter recursos para o pagamento dos benefícios.
Outro ponto em negociação era o percentual pago pela empresa no plano de saúde dos empregados. Os Correios afirmam que os sindicatos poderiam apresentar uma proposta e, caso houvesse acordo, o pedido de mediação junto ao Tribunal Superior do Trabalho (STS) sobre a questão seria retirado.
O secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), José Rivaldo da Silva, que participou da reunião com a direção dos Correios, não considerou as propostas satisfatórias.
Segundo ele, a intenção dos empregados era acabar com o bloqueio das férias e retirar a negociação sobre o plano de saúde do TST, de modo que a questão fosse debatida diretamente entre os trabalhadores e a empresa.
A empresa também se dispôs a suspender a implantação de novas medidas operacionais, como a distribuição alternada e a entrega matutina , que seriam negociadas em uma comissão.