Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos de Sinop decidiram não aderir à greve, que iniciou em várias cidades brasileiras. Segundo o gerente de distribuição dos Correios de Sinop, Vilson José da Silva, afirmou que os trabalhadores locais não pretendem aderir ao movimento. "Mesmo se os grandes centros aderirem, nós provavelmente não vamos parar", disse, ao Só Notícias. O órgão, no município, conta com 29 funcionários e recebe, por dia, uma média de 24 mil mercadorias.
Alguns estados já aderiram a greve por tempo indeterminado. Já a grande maioria deve esperar o resultado de uma assembleia, agendada para terça-feira (18), para iniciar o movimento de paralisação dos serviços. Uma assembleia foi realizada, na segunda-feira (10), onde foi proposto reajuste salarial de 5,2%, que foi rejeitado. Mato Grosso havia decretado greve, porém, os trabalhadores recuaram da decisão temporariamente.
Conforme Só Notícias já informou, o comando de negociação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENETECT) reivindica 43,7% de reajuste, R$ 200 de aumento linear e piso salarial de R$ 2,5 mil. Quatro sindicatos dissidentes (São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Bauru), que se desfiliaram da federação, reivindicam 5,2% de reposição, 5% de aumento real e reajuste linear de R$ 100. O salário-base inicial de carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo é R$ 942.
No dia 5, os Correios elevaram de 3% para 5,2% a sua proposta de reajuste salarial. O mesmo percentual seria aplicado a benefícios como vale-alimentação e auxílio-creche. Pela proposta, o salário-base inicial de carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo passaria de R$ 942 para R$ 991.
Em nota, os Correios informaram que poderá descontar os dias parados dos trabalhadores que aderirem à greve. "Haverá perdas para a ECT, transtornos para a população e prejuízo para o trabalhador, que terá os dias parados descontados do pagamento", declarou a empresa, que também ressaltou ter um "plano de contingência" com medidas para garantir a prestação de serviços à população em caso de greve. Entre essas medidas estariam a contratação de trabalhadores temporários, a realocação de empregados das áreas administrativas e a realização de horas extras e de mutirões nos finais de semana.