Cerca de 50 trabalhadores de bares, restaurantes, lanchonetes, além de músicos, promotores de eventos, cozinheiros, seguranças e demais profissionais envolvidos com eventos e atividades noturnas fizeram, há pouco, protesto em frente à prefeitura cobrando a revogação do decreto que reduz o horário de funcionamento até às 22h e do toque de recolher, que começa hoje a partir das 22h até 5h. A medida segue até dia 19.
“Estamos perdidos com o que a prefeitura, vereadores nos dizem, são várias informações, e a gente mais uma vez está sendo excluído da verdade. Cada um diz uma coisa, de fato não sabemos o que vamos fazer nesse momento”, disse uma das organizadoras da manifestação”, disse, ao Só Notícias, a musicista Tati Faria, representando a classe artística.
Nos cartazes os demais participantes manifestavam: “queremos trabalhar”, “aumentem os leitos de UTIs”, “a culpa não é nossa”.
Pela manhã motoristas de aplicativos fizeram carreta contra as medidas expondo que, com a redução do horário de empresa à noite também acabam sendo prejudicados porque cai a quantidade de pessoas usando transporte. Eles se concentraram em frente a prefeitura por alguns momentos.
Conforme Só Notícias já informou, o novo decreto determinando toque de recolher, como forma de contenção e prevenção aos casos de Coronavírus foi publicado, ontem, pelo prefeito de Sinop, Roberto Dorner (Republicanos).
A prefeitura informou hoje que, apenas em janeiro, 24 pessoas morreram em Sinop em decorrência da doença. A secretaria estadual de Saúde divulgou, ontem no início da noite, que todas as 19 Unidades de Terapia Intensiva no Hospital Regional de Sinop estão ocupadas. Entre os internados, oito são sinopenses, sendo seis com o diagnóstico positivo e dois considerados suspeitos. Os demais, são moradores de outros municípios da região.
As duas principais entidades que representam o comércio varejista se posicionaram, ontem, no final da tarde, em relação ao decreto. A Associação Comercial e Empresarial – informou que “foi tomada de surpresa” e que “não foi convidada ou convocada a participar da discussão que resultou na decisão”. A CDL Sinop, em nota, informou que também “não participou das decisões tomadas com relação ao decreto citado”.