Os trabalhadores terceirizados responsáveis pela limpeza da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus de Cuiabá, vão retomar suas atividades, a partir de amanhã. A decisão foi tomada durante assembleia geral da categoria, após a confirmação de que o salário referente a janeiro havia sido efetivamente quitado pela empresa contatada, após a paralisação realizada hoje. Mesmo com o regresso das atividades, a falta de pagamento expôs uma série de irregularidades que estes trabalhadores enfrentam calados, pontos que as entidades representativas da universidade (Sintuf-MT, Adufmat e DCE) seguirão combatendo.
“Durante a assembleia, coletamos várias denúncias destas trabalhadoras, como férias vencidas que a empresa se recusa a permitir o gozo, atestados médicos que são recusados de forma estranha, constantes ameaças que claramente caracterizam o assédio moral. Vamos organizar, em conjunto com a Adufmat, o DCE, e o sindicato específico dos terceirizados, uma agenda de atividades para combater estes absurdos”, destacou a coordenadora geral do Sintuf-MT, Léia de Souza Oliveira.
Segundo o presidente da Adfumat, Reginaldo Araújo, além da elaboração de um dossiê relatando todas as irregularidades impostas pela empresa nas relações com os trabalhadores, outras atividades serão colocadas em prática para esclarece-los sobre os seus direitos. “Nós vamos organizar cursos de formação, plantões de assessoria jurídica e, pensamos também, em elaborar cartilhas informativas”, disse o professor.
O dossiê elaborado pelas entidades será apresentado à administração da UFMT, que durante a reunião realizada nessa segunda-feira demonstrou desconhecimento das condições em que os terceirizados estão submetidos. A luta não acabou. Nos próximos dias, Sintuf-MT, DCE e Adufmat vão estudar a convenção dos terceirizados para, em seguida, iniciar o diálogo com a empresa terceirizada em busca de respeito e dignidade aos trabalhadores.