A torcida para que o Brasil supere a Colômbia no Castelão e conquiste uma vaga nas semifinais é grande. Mas, para alguns trabalhadores, embora a vontade fosse a de ficar em frente a uma TV, não há como fugir da escala do serviço. Não tem improvisação, mas a torcida é a mesma.
O flamenguista Valdir Vieira, motorista de ônibus intermunicipal, morador de Várzea Grande, vai pegar no batente às 14h43, quando inicia a primeira viagem do Terminal André Maggi até a praça das Bandeiras, no CPA. Ele deve chegar antes das 15h30 e iniciar a viagem de volta, para quarenta e oito minutos depois fazer a segunda viagem; no Castelão, em Fortaleza, já teremos 18 minutos do primeiro tempo.
Valdir aposta no placar clássico, 2 a 1 para o Brasil, gols de Neymar, claro. Ele só saberá o placar quando chegar pontos finais, mas fica atento aos sinais. “Se houver fogos, gol do Brasil. Se fizer silêncio é sinal que a coisa tá feia”.
Pai de três filhos, ele conta que gosta de assistir aos jogos, geralmente nos domingos, mas não se diz chateado por estar trabalhando. Ele avalia que foi muito positiva a participação de Cuiabá como sede da Copa do Mundo 2014.
Os taxistas cuiabanos não escondem o entusiasmo com a Copa que superou todas as expectativas, segundo Luís do Carmo Arruda, 57 anos e 16 com táxi. “Ótimo, ótimo, foi melhor do que a gente pensa em todos os aspectos, principalmente em termos de faturamento”.
Luís do Carmo, com ponto no centro de Cuiabá, diz que o movimento agora vai diminuir um pouco em relação aos jogos realizados em Cuiabá. Mas mesmo assim todos estão bastante otimistas. Durante o jogo os taxistas assistirão a partida em um aparelho instalado no local. Silvio Antônio Silva, 48 anos, diz que para ele o dia será normal, até aparecer um freguês.
O jogo será emocionante, sem dúvida. As expectativas são que o Brasil vai superar essa fase e chegar à final no dia 13 de julho, no Maracanã. Quem ganha? Os motoristas, aqueles que estão em torno ouvindo a conversa, são unânimes em responder: Brasil.