A primeira câmara criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiu manter preso Bruno Saraiva de Mota de Souza um dos condenados pelo assalto ao Banco do Brasil em Nova Mutum, em fevereiro deste ano. Ele foi condenado pelo juiz Gabriel Matos a 78 anos de prisão e pediu para o tribunal para se defender em liberdade. Bruno fez parte da quadrilha que aterrorizou a cidade ao fazer dezenas de reféns, no assalto, incendiar um dos carros roubados para fuga, trocar tiros com a polícia e colocar a vida de muita gente inocente em perigo. No processo, consta que a quadrilha roubou mais de R$ 1 milhão. Conforme Só Notícias informou, na época, cerca de R$ 700 mil foram recuperados, um bandido morto na troca de tiros e alguns presos. Dentre eles, Bruno.
O relator do recurso, desembargador Paulo Inácio Dias Lessa, além do desembargador Juvenal Pereira da Silva e juíza Graciema Ribeiro de Caravellas consideraram que está devidamente fundamentada a sentença da justiça de Mutum que manteve Bruno preso enquanto aguarda o julgamento de recurso. O relator explicou que a medida seria necessária para a “garantia da ordem pública e credibilidade da justiça, principalmente por se tratar de conduta delitiva de quadrilha fortemente armada e estruturada para a prática seqüencial de vários roubos em agências bancárias, com pluralidade de vítimas e subtrações vultuosas de valores”.
O relator acrescentou ainda que, o réu foi preso em flagrante delito e nessa condição aguardou preso o desenrolar da instrução criminal. Bruno teria se reunido com os outros assaltantes em Cuiabá, onde teriam planejado a realização de vários crimes na cidade de Nova Mutum, para onde se deslocaram em um caminhonete. De acordo com os autos, a quantia estimada que teria sido roubada seria superior a R$ 1 milhão. Continuada à prática seqüencial de roubos, os pacientes teriam subtraído outra caminhonete e um carro pequeno, todos utilizados para assegurar o sucesso do crime.