O terremoto e a tsunami que atingiram o Japão na tarde dessa sexta-feira, madrugada no Brasil, também trouxe preocupação para algumas famílias em Sinop. Como é o caso da agenciadora de vendas Rosa Cristina de Oliveira. Ela tem uma irmã, cunhado e sobrinho que moram no Japão, há 15 anos.
Ela contou que logo que soube da tragédia, nas primeiras horas da manhã, tentou contato por telefone com a irmã, mas só conseguiu falar por volta do meio dia. “Ficamos muito apavorados, pois não conseguíamos falar, as linhas estavam congestionadas, pois não tínhamos noção de como eles estavam, mas quando conseguimos falar ficamos aliviados”, disse.
Rosa Cristina relatou que a cidade onde a irmã mora fica a cerca de 500 km da costa, porém, o tremor foi sentido com intensidade. “Ela contou que foi muito forte, eles sentiram bastante, tudo balançava. Em algumas casas o telhado caiu, mas na dela nada aconteceu”, relatou.
A agenciadora de vendas disse que quando pediu para a irmã voltar para o Brasil a resposta foi convicta. “Se aqui tem tsunami, o que é raro, aí tem muita enchente”, ela me respondeu. “Gostaríamos muito que eles viessem embora, mas eles encaram esses terremotos com tanta naturalidade que nem pensam em voltar”, lamentou.
A mãe de Rosa Cristina, de 74 anos, não ficou sabendo da tragédia. Cristina disse que preferiu poupar a mãe já que está muito doente e como a irmã, o cunhado e o sobrinho estão bem, melhor deixá-la em paz. “Nem deixamos ela ver televisão hoje”, finalizou.
Segundo as autoridades locais, 350 pessoas morreram até agora e 500 estão desaparecidas. O epicentro foi a 373 km da costa, no oceano pacífico, a 24 km de profundidade. Foi o maior terremoto da história do Japão, 8,9 na escala Richter, capaz de mudar em 25 centímetros o eixo da terra, segundo o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália.