Terminou a greve dos motoristas de ônibus em Cuiabá e Várzea Grande. Ainda hoje, 100% da frota voltará a circular. O acordo entre os grevistas, representados pelo Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestre da Capital e Região, e membros do Sindicato das Empresas de Transportes Coletivo Urbano do Estado (MTU) foi fechado durante audiência intermediada pela Justiça do Trabalho, esta tarde.
Pelo acordo firmado no Tribunal Regional do Trabalho, ficou definido que os motoristas que hoje ganham R$ 1,5 mil para acumular também a função de cobrador, figura extinta no transporte público, passam a receber R$ 1,9 mil até agosto. Por enquanto vão receber R$ 1.680 e os outros R$ 220 serão pagos em 2 parcelas, ou seja, no próximo mês os trabalhadores vão receber 1.790 e depois o valor final de R$ 1,9 mil. Por outro lado, os motoristas abriram mão de tentar um acordo na reivindicação do plano de saúde.
Na reunião, o empresário Ricardo Caixeta Ribeiro, dono da Pantanal Transportes e presidente do sindicato que representa as empresas de ônibus, garantiu que os três dias de paralisação não serão descontados nos salários dos grevistas.
Foram poucos dias de greve, mas que alteraram drasticamente a vida dos cerca de 300 mil usuários do transporte coletivo na capital e em Várzea Grande. No primeiro dia, houve confusão com ônibus apedrejado e diversas trocas de acusações entre as 4 empresas que operam nas 2 cidades e descumprimento de uma decisão da Tribunal Regional do Trabalho. No segundo dia, o número de coletivos circulando chegou bem próximo ao valor determinado pela Justiça, mas não nos 50%. Contudo, os motoristas garantiram que a metade da frota de todas as empresas saíram das garagens.