O tempo quente e seco elevou o número de focos de queimadas às margens da BR-163 em Mato Grosso em mais de 163%. A média diária de ocorrências registrada pelo Centro de Controle Operacional (CCO) da Rota do Oeste passou de 1,66 entre os meses de março e junho para 4,38 entre os dias 15 de julho e 15 deste mês, período em que a queimada é proibida no Estado. Nos últimos 30 dias, 140 focos foram registrados.
Assim que um foco é identificado pela equipe de inspeção ou denunciado por meio de 0800, as equipes dão início aos trabalhos para conter as chamas e evitar perder o controle do incêndio. O gerente de Tráfego, Fernando Milléo, explica que quando a viatura de inspeção encontra um foco pequeno, imediatamente o operador comunica ao CCO e tenta eliminá-lo com o uso de abafador até a chegada do caminhão pipa. “Esta primeira ação de combate é importante para evitar que o incêndio ganhe grandes proporções”.
Ao todo, a concessionária disponibiliza cinco caminhões pipa ao longo dos 850 quilômetros sob concessão, um a cada 170 quilômetros de rodovia. Mesmo assim, quando o foco é extenso ou próximo a regiões povoadas, o CCO também aciona o Corpo de Bombeiros para ajudar no atendimento.
Além de queimar a vegetação e poluir o ar, o gerente Fernando Milléo destaca que incêndios nas margens de rodovia também oferecem risco para quem trafega. “Geralmente a fumaça invade a pista e compromete a visibilidade do condutor. Neste caso, a primeira recomendação é ligar o pisca-alerta e procurar um local seguro para estacionar”. Milléo ainda reforça que o carro nunca deve ficar parado sobre a pista de rolamento. “Outros veículos podem vir e, por não terem visibilidade, podem acabar provocando uma colisão”.