O número de pessoas à procura de emprego em Mato Grosso diminuiu no 2º trimestre deste ano. Comparado com o trimestre imediatamente anterior, o contingente de desocupados no Estado encolheu em 30 mil pessoas. Atualmente 142 mil trabalhadores estão em busca de uma vaga no Esta-
do. Esse panorama do mercado de trabalho é mostrado por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com recorte regional trimestralmente. Nos meses de abril, maio e junho, a taxa de desocupação chegou a 8,6% da força de trabalho estadual, inferior à de 10,5% no 1º trimestre e também abaixo da taxa de 9,8% no 2º trimestre de 2016.
Detalhada durante entrevista coletiva em Cuiabá ontem, pela tecnologista em Informação Geográfica e Estatística do IBGE, Adriana Araújo Beringuy, a pesquisa mostra a evolução gradativa do desemprego em Mato Grosso desde o 3º trimestre de 2014, quando a taxa de desocupação chegou a 3,7% até atingir o patamar recorde de 10,5% no 1º trimestre de 2017.
Como observa Adriana, a taxa de desocupação estadual registrada no 2º trimestre deste ano é inferior à observada na região Centro-Oeste (10,6%) e no país (13%) no mesmo período. Também está abaixo da desocupação constatada na Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá (9,6%) e na própria Capital (11%). “Mato Grosso apresenta comportamento diferenciado em relação à região e ao restante do país. Na comparação anual é a única Unidade Federativa do Centro-Oeste que não registrou aumento na desocupação”.
Em Cuiabá, o percentual de desocupados correspondia a 13,4% da força de trabalho no 2º trimestre de 2016, passou para 13,2% no 1º trimestre deste ano e recuou para 11% no 2º trimestre de 2017. Este movimento de queda se repete em toda a Região Metropolitana, com as taxas em declínio a partir do 2º trimestre de 2016 (12,9%), até o patamar de 10,6% no 1º trimestre deste ano e, finalmente, 9,6% no 2º trimestre.
Na região Centro-Oeste, a taxa de desocupação de 10,6% no 2º trimestre de 2017 é a menor desde o 4º trimestre de 2016 e está abaixo da registrada no 1º trimestre deste ano (12%), sendo ainda superior à média verificada no mesmo período de 2016 (10%). O Centro-Oeste é a 2ª região com maior queda na taxa de desocupação do país este ano, superada pela região Norte, aponta Adriana. Como complementa o Ministério do Trabalho, as menores taxas de desocupação no 2º trimestre foram verificadas em Mato Grosso (8,6%), Rio Grande do Sul (8,4%) e Santa Catarina (7,5%).
O raio-x do mercado de trabalho realizado pelo IBGE mostra que o contingente de brasileiros desocupados caiu no 2º trimestre deste ano (13%) sobre a taxa de 13,7% do trimestre imediatamente anterior. Já em relação ao mesmo período do ano passado, quando a desocupação atingia 11,3% no país, o desemprego voltou a crescer.