Deve ser apresentado, esta noite, projeto de lei complementar de autoria do vereador João Batista Neri de Almeida, o João Negão (PSD), que prevê punição para donos de cães ferozes e até o sacrifício dos animais considerados de alta periculosidade. O projeto vem complementar uma lei já existe desde 2007, mas que não está sendo aplicada. O vereador explica que um dos motivos da não aplicação por parte do município é a falta de um centro de zoonoses como existe em outras cidades de grande porte.
Segundo ele, a falta de material humano também é um dos empecilhos. João Negão disse estar apresentando a proposta a pedido de dezenas de pessoas, "principalmente cidadãos pais de famílias que tiveram filhos, parentes e até seus animais mordidos, dilacerados ou até mortos por cães ferozes soltos, mau cuidados das raças Pit Bull, Doberman, Rottweiler, Dog Alemão, Pastor Alemão e outras raças agressivas.
Ele citou que, nos últimos dez anos, vários animais como cachorros de pequeno porte, cavalos e outros animais de estimação, além de várias crianças, foram atacadas por cachorros da raça Pit Bull e Rottweiler. "Este número vem crescendo assustadoramente e o município tem que fazer algo mais pontuado para coibir este tipo de ataque", disse ele, citando exemplo recente envolvendo uma criança de 5 anos que foi atacada por Pit Bull. "O animal foi morto a tiros pela polícia e a menina teve que amputar uma das pernas, uma cena de horror, lamentável, e dolorosa que irá marcar vizinhos e a mãe que presenciou tudo", lamenta João. "O projeto visa apenas proteger a população de ataques como os que vem acontecendo sistematicamente em nossa cidade, nele existem normas para o proprietário passear em locais públicos, praças e avenidas com cão de raça, como, rédeas de 1,5 metros, focinheira e outras exigências inseridas no bojo do projeto de lei", disse.