Servidores do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso estão encerrando a greve iniciada na segunda-feira que literalmente travou as atividades de frigoríficos e indústrias madeireiras que precisam das autorizações expedidas pelo órgãos para transportar matéria prima (gado e madeira). Só um frigorífico no Nortão, conforme Só Notícias informou, que parou de abater, estava tendo prejuízo diário de R$ 120 mil por falta de gado. Madeireiras deixaram de entregar no prazo dezenas de cargas de madeira para clientes em outros Estados. De acordo com comunicado emitido pelo Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário e Pecuário (Sintap) a decisão foi acertada hoje, após reunião entre a categoria e deputados estaduais. Ficou acordado que, com a suspensão da greve não será votado o Orçamento do Estado até que seja aprovado o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos servidores que estão com salários desafados há vários anos.
O comunicado assinado pela presidente do sindicato, Diannyeire Dias, diz que a entidade aguarda o retorno do governador Blairo Maggi, de Washington (EUA), para negociar avanços no plano de cargos e o aumento salarial. A greve será retomada se a categoria não for atendida. “O término do atual movimento de reinvidicações que estamos no presente momento só será efetivado após a publicação da Lei que estabelecerá o PCCS, com a realização de nova Assembléia Geral do SINTAP”, destaca a nota. “Não poderíamos, mediante o compromisso e o empenho da Assembléia Legislativa em nos apoiar e sensibilizar o Governo do Estado de que nossas reinvidicações são justas e merecidas, a continuar o movimento, sem a contrapartida de darmos mais um voto de confiança e a demonstração de que estamos buscando o caminho do entendimento e da justiça, já que temos sido prejudicados até hoje”.
Conforme Só Notícias informou, a categoria pede a implantação de um novo PCCS, para substituir o antigo e assim ‘corrigir’ alguns erros desde a criação da carreira dos profissionais da defesa agropecuária, feito em 1999 junto com a implantação da remuneração por subsídio. A proposta inicial apresentada de aumento de 20% ano que vem, 15% em 2010 e 10% em 2011, foi rejeitada pela categoria.
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