Já está em andamento processo licitatório que irá escolher empresa para desenvolver a reforma do sistema elétrico do prédio aonde funciona a Superintendência da Polícia Federal de Mato Grosso, em Cuiabá. A informação foi confirmada pelo delegado Dennis Cali, ontem, durante coletiva à imprensa. Ele destacou que um parecer técnico realizado recentemente confirmou os problemas no sistema elétrico do local. Devido à situação e ao início das futuras obras de reparo, os servidores passarão a atuar em 2 turnos.
Conforme Cali, durante o período matutino (8h às 13h), profissionais do setor administrativo ocuparão as dependências da unidade. Entre às 13h e 18h será a vez dos agentes que atuam na área operacional da PF. As mudanças, que estão aguardando apenas autorização federal, devem ter início até o mês de agosto.
Conforme presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso (Sinpef/MT), Erlon José Brandão de Souza, o edifício em que hoje funciona a PF foi projetado para funcionar um hotel. "O local foi alugado em 1998 e adquirido pela Polícia Federal em 2004. Antes da compra do local, o sindicato chegou a ir até Brasília para tentar impedir a negociação, já que a estrutura não apresentava condições para abrigar a sede da PF de Mato Grosso, mas mesmo com as reivindicações, a estrutura foi comprada".
No que se diz respeito ao efetivo da Polícia Federal, Cali informou que em Mato Grosso 383 policiais desenvolvem atividades em Cuiabá, Barra do Garças, Cáceres, Rondonópolis e Sinop. "É fato a necessidade de mais pessoas para a PF de Mato Grosso, como também no restante do país. Neste domingo (21), por exemplo, mais um concurso será realizado na área. Também é importante ressaltar que ofícios, solicitando reforço de pessoal, já foram encaminhados para o Ministério do Planejamento".
Em relação à fronteira com a Bolívia, Cali destacou que atualmente há um projeto de lei junto ao Congresso Nacional para o pagamento de incentivos aos profissionais que atuam nesta região. A intenção é chamar a atenção dos agentes para atuar no local.
Sobre as operações o delegado, que também atua no setor de Investigação e Combate ao Crime Organizado, informou que elas não diminuíram no Estado, porém passaram a ser mais seletivas. "Cada operação tem um momento certo para acontecer. A Polícia está passando por dificuldade estrutural, mas os resultados operacionais não estão sendo prejudicados. Este ano, por exemplo, cerca de 4 toneladas de pasta base já foram apreendidas devido ao trabalho da PF".