A equipe do Corpo de Bombeiros capturou uma sucuri, esta tarde, na região aos fundos do bairro Jardim Buritis. O animal tem cerca de 3 metros de comprimento e foi encaminhado aos cuidados do hospital veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Conforme os militares, a serpente foi avistada por trabalhadores que realizavam manejo de manilhas em valas de escoamento da região. Imediatamente, os bombeiros foram acionados. Após passar por avaliação médica, o animal deverá ser devolvido à natureza, em região distante do perímetro urbano.
Segundo o Instituto Butantan, com registros de espécimes que podem chegar a mais de sete metros de comprimento e corpos muito musculosos, as sucuris recebem destaque entre as serpentes por conta do seu tamanho e força. O grupo possui hábitos semi-aquáticos, ou seja, são serpentes que gostam de ficar a maior parte do tempo na água, em margens de lagos, rios e igarapés. Seus olhos e narinas localizam-se um pouco mais no topo da cabeça, quando comparados às espécies de serpentes terrícolas, o que está relacionado ao seu estilo de vida.
Conhecida por constringir suas presas, a sucuri não é peçonhenta, apesar de ter uma mordida dolorida. Ela é 100% carnívora: geralmente ela caça por espreita próximo à beira da água, e quando tem uma oportunidade, dá um bote, enrola seu corpo musculoso ao redor da presa e aperta suas vítimas até a morte. Essas serpentes têm uma dieta generalista e fazem parte de seu cardápio: mamíferos, aves, répteis e peixes, informa o Instituto.
Mas a sucuri não reina sozinha nas águas: elas também são presas de algumas espécies de jacaré, de onças e até mesmo de outras sucuris. Seu pior predador, porém, é o homem. Além de matar diretamente a serpente, ele causa a destruição de seu habitat, levando a uma diminuição do número de presas disponíveis e à redução da área de vida.
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