Condenado a 51 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado por mando da morte de 3 servidores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em 2007, o ex-servidor público federal, Jorge Luiz Tabory, conseguiu habeas corpus no Superior Tribunal Federal (STJ) e será solto, para recorrer em liberdade, assim como já tinha determinado a juíza federal Tânia Zucchi de Moraes. A ministra do STJ relatora do HC, Maria Thereza de Assis Moura, da Sexta Turma, acatou nesta quarta-feira (30) o pedido de liberdade de Tabory impetrado por seu advogado Elson Rezende de Oliveira.
Apesar da condenação e o benefício de recorrer em liberdade, Tabory acabou preso após o Ministério Público Federal (MPF) recorrer e conseguir que o desembargador federal Cândido Ribeiro suspendesse o benefício. Ele estava preso na Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, popular Presídio da Mata Grande em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), onde aguardava pelo julgamento do recurso.
Por meio de telegrama o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, e a Vara Federal de Rondonópolis foram comunicadas ainda nesta quarta-feira (30) sobre a concessão do HC a Tabory.
Jorge Luiz Tabory foi denunciado pelo Ministério Público Federal, julgado e condenado como mandante da morte da pró-reitora do Campus da UFMT em Rondonópolis, Sorahia Miranda de Lima, do professor da instituição, Alessandro Luiz Fraga e do presidente do Campus, Luiz Mauro Pires Russo executados no dia 27 de novembro de 2007.
A motivação conforme o MPF, foi por que Sorahia descobriu irregularidades nos contratos de prestação de serviços de lavagem de todos os veículos oficiais pertencentes à instituição. A empresa de Tabory comandava o negócio, embora estivesse em nome de "laranjas" e por isso teria o contrato suspenso com a UFMT.