O Supremo Tribunal Federal decidir manter na cadeia, em Sinop, o madeireiro Wilson Rosseto, que reside em Colíder, e foi preso em junho deste ano, na Operação Curupira, que identificou e prendeu despachantes e madeireiros acusados de falsificar documentos para extração de madeira, além de servidores do Ibama e Fema.
Os advogados de Rosseto impetraram habeas corpus, semana passada, e a ministra do STF Ellen Gracie, negou o pedido, mantendo Rosseto, que é sócio de uma factoring em Colíder, na prisão.
A ministra Ellen observou que não foi apresentada cópia de decisão de primeira instância que autorizou a prisão provisória. “Não há, portanto, como afirmar a plena identidade entre as circunstâncias capazes de ensejar a extensão do benefício”, afirmou a ministra Ellen.
Rosseto foi preso em Junho, em Colíder, transferido para Cuiabá ondeu prestou depoimentos para a Justiça Federal. Ele foi ouvido, em setembro, pelo juiz Julier Sebastião da Silva, e negou que tenha feito a troca de uma caminhonete L-200 por ATPFs- Autorizações Para Transporte de Produtos Florestais- (usadas para transportar madeirea bruta e beneficiada). Conforme Só Notícias já informou, ele também negou que tenha pago propina para fiscais do Ibama facilitarem a passagem de carga de madeira no Posto Fiscal do Trevo do Lagarto, em Varzea Grande. Também negou que houvesse um esquema de pagamento quinzenal de R$ 1, 5 mil para não ter problemas com fiscalização no trevo. Negou também que tivesse trocado uma caminhonete L-200 por ATPFs.
Ex-chefes do Ibama em Sinop, servidores, despachantes, o ex-superintendente estadaul do Ibama Hugo Werle e outros acusados continuam respondendo processo na Operação Curupira. A Justiça Federal tem gravações telefônicas, documentos e depoimentos que mantém alguns acusados presos e com grandes chances de serem condenados.