Steve Jobs descobriu em fevereiro que seu câncer estava em fase terminal, afirmou o médico e amigo do executivo Dean Ornish em entrevista ao jornal americano The New York Times. "As preocupações de Steve nessas últimas semanas foram para as pessoas que dependiam dele: as pessoas que trabalharam para ele na Apple e seus quatro filhos e sua esposa", disse Mona Simpson, irmã de Jobs, ao jornal americano. "Ele sentia-se terrível por ter que nos deixar", disse ela.
Segundo o médico, ao longo dos últimos meses Jobs recebeu os amigos mais próximos em casa para se despedir. Muitas pessoas quiseram alguns minutos com o executivo para dizer adeus nos últimos dias, segundo o médico, mas a mulher de Jobs, Laurene, interceptava a maioria das tentativas, pedindo desculpas e informando que ele estava muito fraco para receber visitas. "Todo mundo queria um pedaço do Steve", disse ao Times um amigo que teve o pedido de visita negado por Laurene.
Entre os amigos recebidos por Jobs estão, além do médico, os investidores da Apple John Doerr e Bill Campbell, o presidente da Disney, Robert Iger, e seu biógrafo, Walter Isaacson. Segundo o New York Times, ele ainda deu conselhos à equipe da Apple para o lançamento do iPhone 4S. O médico afirma que Jobs escolheu passar os últimos dias principalmente com a esposa e os filhos. "Uma vez eu perguntei se ele estava contente por ter filhos, e ele disse: "É 10 mil vezes melhor do que qualquer coisa que eu já fiz"", disse Ornish ao jornal americano.