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Sorriso usará método da constelação familiar

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O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca de Sorriso passará a ter uma nova ferramenta para usar nas audiências de conciliação e mediação realizadas na unidade judiciária: a técnica da constelação familiar. O método, de uso recente dentro do cenário jurídico, faz uma abordagem sistêmica, com indivíduos ou um grupo que se unem para formar um inconsciente coletivo e solucionar emaranhados de relacionamentos que podem levar ao fim uma demanda jurídica.

A decisão de trazer esta técnica para dentro do Cejusc surgiu após a realização da palestra “Constelações Sistêmicas Familiares na Mediação”, realizado na manhã desta sexta-feira (11 de setembro) no Fórum da Comarca. O evento, realizado pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) e pelo Cejusc de Sorriso, contou com a participação da vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e presidente do Nupemec, desembargadora Clarice Claudino da Silva, e do juiz titular da Terceira Vara da Comarca, Anderson Candiotto.
 
Também estiveram presentes servidores, mediadores e conciliadores do Cejusc, e profissionais que compõem a equipe multidisciplinar do Centro Judiciário, como assistentes sociais e psicólogos.
A palestra, ministrada pela consteladora sistêmica familiar e organizacional, Neiva Klug, teve parte teórica e prática, sendo bastante elogiada pelos participantes. Ela irá uma vez por mês a Sorriso para capacitar os integrantes do Cejusc.
 
“Eu não conhecia essa técnica. Achei muito interessante porque ela vai além dos conflitos. Trata da alma. Em alguns casos ficamos focados em resolver o problema externo, que muitas vezes pode estar ligado a sentimentos e vivências passadas. Por meio da constelação familiar podemos ir mais a fundo nas questões para tentar resolver da melhor forma possível. Vai ser muito útil no Cejusc”, diz a conciliadora Jéssica Marina.
 
O juiz Anderson Candiotto acredita que a técnica das constelações será muito útil no Cejusc, principalmente para resolver questões familiares. “É mais uma ferramenta que vem somar ao trabalho já realizado pelo Judiciário. Ela vai auxiliar o cidadão a compreender melhor o seu conflito e resolvê-lo da melhor maneira possível. Isso mostra que o Judiciário está mais aberto, mais moderno e não é mais aquela instituição que muitos taxavam de viver encastelada”.
Segundo a desembargadora Clarice Claudino, que na parte prática do seminário participou de uma sessão de constelação, a proposta agora é oferecer um curso para os magistrados interessados em conhecer mais sobre o assunto. “Devido aos resultados magníficos que esta técnica vem trazendo no cenário jurídico, nós resolvemos oferecer para os magistrados de Mato Grosso um curso em seis módulos, que terá início em outubro. Não é curso para transformar em constelador, mas para entender melhor esse direito sistêmico e melhor identificar os casos em que as pessoas poderiam se beneficiar com a técnica. O papel de constelador será delegado a um profissional”, esclareceu.
 
De acordo com a consteladora Neiva Klug, o método abrange quatro áreas: familiar, empresarial, escolar e, agora, jurídica. “Durante o processo de constelação, o mediador, chamado de ‘constelador’, faz observações empíricas, fundamentadas em diversas formas de psicoterapia familiar e dos padrões de comportamento que se repetem nas famílias e grupos familiares ao longo de gerações”.
 
Onde começou – A constelação familiar é um método psicoterapêutico desenvolvido pelo filósofo e psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, a partir de psicanálise. Ele começou a aplicar sua técnica em uma missão na África do Sul, quando conviveu com os Zulus durante 20 anos, observando como era o funcionamento do sistema familiar.
 

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