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Sorriso: principal suspeito de matar agrônoma consegue se livrar de acusação de tentativa matar o namorado dela

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Só Notícias/David Murba (colaborou e foto: Lucas Torres, de Sorriso)

A primeira vara criminal de Sorriso decidiu que Jakson Furlan, 29 anos, não vai ser julgado por tentativa de homicídio contra o namorado da agrônoma Júlia de Souza Barbosa, em novembro do ano passado, por desentendimento no trânsito. Ele fez os disparos, acertou Júlia, que morreu. “Foi excluído o crime de tentativa de homicídio porque ele (namorado) saiu ileso na data dos fatos. Entendemos que (Jackson Furlan) não devia ser pronunciado pelo homicídio consumado em relação a Júlia e ao mesmo tempo tentativa em relação ao namorado. Havia um excesso de execução, de amputação criminal. A juíza entendeu a linha da defesa e pronunciou. Ele vai ser submetido ao tribunal do júri mais para frente, mas em relação ao crime de homicídio consumado tendo como vítima Júlia”, explicou o advogado o advogado de defesa Carlos Koch.

Carlos confirmou que Jackson estava alcoolizado, mas que o homicídio não foi por motivo fútil. “Houve realmente um único disparo de arma de fogo. Se ele tivesse a intenção de matar poderia ter descarregado a arma. Foi efetuado um único disparo, em momento algum ele teve a intenção de matar. Foi um dos motivos da juíza ter retirado a tentativa de homicídio (contra o namorado dela). Em relação a motivação do crime, houve discussões, xingamentos e fechamento no trânsito. Embora não seja um motivo tão significativo, houve motivo. A defesa não esconde, no dia dos fatos ele estava sob efeito de bebida alcoólica o que foi a mola propulsora diante das provocações que houve na noite dos fatos”.

Conforme Só Notícias já informou, o Tribunal de Justiça negou recurso, mantendo Jackson na cadeia. Em fevereiro, a defesa ingressou com o habeas corpus pedindo que o suspeito fosse colocado em liberdade, “ante o risco iminente de contágio pelo Covid-19”. O relator do recurso, desembargador Juvenal Pereira, já havia negado a soltura, anteriormente, ao analisar a liminar.

De acordo com a apuração feita pela Polícia Civil, Júlia estava com o namorado na casa de amigos, quando decidiriam ir embora. No caminho, a pedido de Júlia, o casal foi até a uma conveniência, na avenida Natalino Brescansin, região central. Em seguida, o casal seguiu na caminhonete Toyota Hillux para dar um último passeio, antes de retornar para casa.

No percurso, um VW Gol preto passou a andar devagar pela via, fazendo com que o veículo em que estava o casal também reduzisse a velocidade. Neste momento, o indiciado, também conduzindo uma caminhonete, teria se aproximado e começado a buzinar, forçando passagem pela via estreita e que possui fluxo lento. O veículo onde estava a agrônoma e o namorado seguiu em velocidade reduzida, o que, segundo a polícia, enfureceu o suspeito, que estava embriagado. Ele passou a seguir o veículo do casal, que tentou fugir pelas ruas da cidade. Na avenida Brasil, o homem disparou contra a caminhonete do casal. O projétil transfixou o vidro traseiro do veículo e atingiu Julia, que foi socorrida pelo namorado e levada até o hospital próximo, mas não resistiu. Ela morava Paraná e estava em Sorriso visitando o namorado.

Jakson teve a prisão preventiva cumprida no dia 10 de novembro quando se entregou na delegacia municipal acompanhado de advogado.

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