Após o bloqueio, da BR-163, no trecho entre Sorriso e Sinop, integrantes do MST estiveram reunidos, hoje, na Câmara de Sorriso, com representantes do Incra e dos poderes Executivo e Legislativo, para reivindicar a reabertura do processo de reintegração do assentamento Santa Rosa I. Após 12 anos de ocupação da área, as trezentas famílias que lá residem serão retiradas do local para uma reintegração de posse. “Estamos visitando os órgãos competentes, buscando a intervenção de autoridades para que não haja conflito no local, pois a liminar de reintegração de posse permanece e as famílias que lá residem deverão ser despejadas, mas não sairão pacificamente. Acho que avançamos nas discussões e acreditamos que o município está preocupado e o Incra está disposto a comprar a área, só vai depender de o proprietário aceitar a proposta. Queremos também sensibilizar o juiz, para que suspenda a liminar”, avaliou o coordenador estadual do MST, Edílson Almeida.
O ouvidor agrário Salvador Sotero passou aos assentados o posicionamento do Incra sobre a situação. “Colocamos de maneira clara o que é possível o Incra encaminhar e agora depende do movimento avaliar se é o suficiente para que liberem a rodovia”, disse.
O presidente Chagas Abrantes (PR) colocou a câmara a disposição do movimento, oferecendo estrutura para as negociações. “Precisamos nos sensibilizar com a situação dessas famílias, que têm filhos nascidos naquele local e que agora estão sendo despejadas. O Incra pode comprar a terra e regularizar o assentamento. Iremos auxiliar na solução desse problema”, garantiu.
Ao término da reunião, os integrantes do MST saíram da câmara para retornarem a BR-163 e definirem se a rodovia voltará a ser bloqueada. Ontem, o manifesto durou cerca de 10h.