O Ministério Público Estadual em Sorriso abriu inquérito para investigar os danos ambientais causados com o alagamento de áreas da cidade e também Ipiranga do Norte, resultando na mortandade de peixes e prejuízos ao pescadores. A denúncia partiu da Colônia Z-16 de Pescadores e Aquicultores de Sinop.
Na portaria, consta que a entidade apontou inexistir “ainda qualquer previsão de reparação aos danos e prejuízos a serem suportados na região (interesse coletivo de relevância social) figurando como investigada, a priori, a empresa Companhia Energética Sinop-CES e como interessada a população de Sorriso- e Ipiranga do Norte”.
Foi requerido à Secretaria de Estado de Meio Ambiente, em Sinop, que enviem em 10 dias a cópia integral do procedimento de concessão de licenciamento da usina. Foram cobradas da concessionária informações acerca da representação ofertada Colônia de pescadores.
De acordo com estudo apresentando pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), a área utilizada pra construção da usina de Sinop, tanto para obra em si com a barragem, será de 33,7 mil hectares, sendo que 30,3 mil hectares inundados (incluído áreas produtivas). Além de Sinop, o reservatório da usina abrangerá também os municípios de Sorriso, Itaúba, Cláudia e Ipiranga do Norte.
A previsão é antecipar de janeiro de 2018 para maio de 2017 o início da operação da usina, que já está em obras, com projeção de proporcionar até 3,2 mil empregos diretos e 12 mil indiretos no decorrer dos trabalhos. O projeto demanda pelo menos R$ 1,777 bilhão em investimentos, com preço médio da energia a ser gerada de R$ 109,40 por megawatt-hora (Mwh). Ela tem capacidade instalada para gerar aproximadamente 400 megawatt, que correspondem a aproximadamente um milhão de geladeiras funcionando ou a quatro milhões de lâmpadas de 100 watts acesas simultaneamente.