O Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região do Teles Pires cobrou do secretário Estadual de Saúde, Augustinho Moro, estudo para verificar possível ampliação dos atendimentos no Hospital Regional de Saúde, em Sorriso. Sem este levantamento, ainda não será discutido o aumento salarial para os aproximadamente 50 médicos que suspenderam consultas e cirurgias eletivas, na última semana. “Ainda essa semana devemos colocar essa situação para eles [os médicos]”, disse o presidente do consórcio e prefeito de Nova Ubiratã, Osmar Rosseto, ao Só Notícias. “Não questionamos os méritos dos médicos em receber o aumento. O hospital tem uma grande equipe, mas entendemos que a gestão está sendo mal conduzida. Sempre foi dado aumento sem questionar isso [ampliação de atendimentos] e entendemos que há vários serviços que podem ser ampliados o que não vem ocorrendo”, acrescentou.
De acordo com Rosseto, há inúmeros pacientes nas filas para serem atendidos e muitos não conseguem atendimentos, como por exemplo, alguns exames. “As tomografias, quando quebra o aparelho, demoram de 3 a 4 meses para ser ajustado, as endoscopias acabam sendo encaminhadas a Cuiabá. A cirurgia de coluna, que era feita, foi paralisada. São indagações feitas e não temos retorno”, apontou.
O estudo, segundo o presidente, deverá apontar se as falhas nestes procedimentos são financeiras. “A gestão não é nossa [do CIB] é do Estado, então queremos que ele faça essa vistoria”, acrescentou. Ainda esta semana o consórcio deverá se reunir com a diretoria clínica do hospital parar tratar sobre os atendimentos dos médicos.
Conforme Só Notícias informou, os médicos do Hospital Regional de Sorriso, cobram reposição salarial de 20%, prometidas no final do ano passado e que deveriam ter sido concedidos a partir de fevereiro. Ano passado foi concedido mesmo percentual e o consórcio repassa, a título de incentivo de interiorização, R$ 5 mil mensais para cada médico (o Estado paga os salários).