As equipes de Polícia Civil e Politec prosseguem com investigações referentes ao incêndio que vitimou Rivaldo Oliveira Lopes, Anselmo dos Santos Beserra e Flávio Alves da Silva, ontem de madrugada, em uma agência de turismo, no bairro São Mateus. Conforme o delegado Bruno França confirmou, hoje, as investigações preliminares descartam possibilidades de incêndio criminoso. “A gente acredita que a queimadura não seja a causa da morte, mas sim uma asfixia por monóxido de carbono que é comum nesses casos.”
“Haviam-nos repassado que seriam três corpos carbonizados, a gente viu o vídeo do incêndio, era um incêndio de grande proporção. Todavia, ao chegar no local, a Polícia Civil constatou que, na verdade, os corpos estão, do ponto de vista médico-legal, intactos. Vamos aguardar a perícia para confirmar essa causa da morte. Dentro do alojamento existiam alguns pneus que, quando queimados, liberam uma fumaça extremamente tóxica. A gente sabe que a inalação de monóxido de carbono causa tontura e confusão, que provavelmente deve ter influenciado na incapacidade dessas vítimas de deixar o local do incêndio.”
“Eles mesmos estavam embriagados e haviam se fechado dentro do alojamento e infelizmente acabaram falecendo. A gente percebe aí que eles faleceram todos no mesmo cômodo, no banheiro, muito provavelmente fugindo do calor, que é muito intenso nessas áreas de incêndio em suas proximidades”, acrescentou.
Bruno França explicou que a equipe investiga possível clandestinidade no alojamento das vítimas. “Caso a gente identifique irregularidades de natureza administrativa na investigação, nós comunicamos os órgãos competentes para exercer tal fiscalização. Vamos averiguar se a empresa tinha autorização ou licença para operar nesse tipo de atividade, vamos analisar se a estrutura predial estava seguindo o que exige, o Corpo de Bombeiros e até mesmo os órgãos de controle municipal, com a expedição do Alvará.”
Ainda segundo o delegado, a princípio o incêndio não teria ligação direta com crimes. “A gente trabalha com a possibilidade de que as vítimas sejam causadores do incêndio pelo uso de cigarro, a gente não tem essa confirmação ainda, temos que guardar a perícia, mas qualquer regularidade que for detectada vai ser comunicada, tanto a Polícia Rodoviária Federal, que faz essa fiscalização desses ônibus, quanto as autoridades municipais a respeito do funcionamento da empresa.”
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