O Conselho de Disciplina da Polícia Militar decidiu pela expulsão de Valtencir Moreira Costa por ter assassinado a advogada Andréa de Carvalho Furtado Pereira, em abril do ano passado, em Tabaporã. De acordo com ata da reunião final que tratou do processo, o ex-policial, que já estava com o recebimento de seus soldos suspensos, “não reúne condições de permanecer nas fileiras da Polícia Militar”. O advogado João Batista Cavalcanti da Silva, indicado pela seccional da OAB para acompanhar o caso, participou do julgamento.
João Batista informou que agora o ex-policial será levado a júri popular. O julgamento está marcado para o dia 28 de fevereiro próximo, conforme Só Notícias já informou. João Batista será assistente de acusação no processo. “Na produção de provas ficou evidenciado que o crime foi cometido pelo então policial militar”, frisou.
Valtecir é acusado de homicídio qualificados em motivo fútil, que dificultou a defesa da vítima e meio insidioso e cruel. A perícia constatou, durante as investigações, que os projéteis que atingiram Andréa têm as mesmas características dos encontrados dentro da caminhonete do ex-soldado. Na fuga, ele acabou capotando e abandonando o veículo. Testemunhas também informaram que viram o ex-policial entrando e saindo do escritório de Andréa, na tarde em que ela foi morta.
O motivo do crime teria sido uma vingança. Andrea havia sido contratada pela ex-mulher do soldado para o processo de separação de corpos e a Justiça concedeu liminar favorável, em que Valtencir foi condenado a pagar pensão alimentícia.