O sistema da Polícia Civil de Mato Grosso sobre desaparecidos, disponível para todas as delegacias do Estado, é uma ferramenta que reúne informações para auxiliar nas investigações e contribuir para a localização de pessoas. O Abitus foi criado para atender uma demanda do Núcleo de Pessoas Desaparecidas da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá e, posteriormente, estendido a todas as unidades da Polícia Civil.
As informações sobre pessoas desaparecidas estão disponíveis na página desenvolvida para dar visibilidade à divulgação e colaborar na localização de pessoas que estão desaparecidas em diferentes cidades de Mato Grosso e também em outros estados. Desenvolvido pela Coordenadoria de Tecnologia da Informação, dentro dos módulos do sistema Geia, o Abitus faz o controle de pessoas desaparecidas possibilitando o cadastro e acompanhamento dos casos relacionados a desaparecimentos registrados no estado.
O banco de dados é alimentado pelas delegacias de todo o estado, com base nos boletins de ocorrências de desaparecimentos registrados. Segundo o gerente de desenvolvimento de sistemas, Ricardo Barcelar, além das informações básicas passadas no momento do registro do boletim de ocorrência, como nome, idade e local que a pessoa desapareceu, o sistema também permite a integração de outros dados levantados durante a investigação, entrevistas realizadas, relatório do investigador e informações mais específicas como hábitos da pessoa, se possui alguma doença ou histórico de desaparecimento anterior.
“O sistema criado a princípio para atender a demanda de um setor se tornou a ferramenta oficial da Polícia Civil para registro de desaparecidos. Através do sistema é possível fazer o acompanhamento da ocorrência, levantar dados e outras informações relevantes que são passadas periodicamente para Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) para formação de estatísticas”, explicou.
Ricardo Barcelar ressalta que com as informações reunidas no sistema é possível desenvolver diversos índices estatísticos que podem contribuir para as investigações. “Avaliando as ocorrências, podemos constatar por exemplo, que quanto mais dias a pessoa está desaparecida, mais difícil se torna a possibilidade de localização”, explicou.
Após a criação do sistema, que inicialmente era de uso interno da Polícia Civil, surgiu a necessidade de uma ferramenta que não ficasse restrita à instituição e funcionasse como forma de divulgação dos desaparecidos para a sociedade. A ideia era ter um canal que oferecesse a possibilidade de serem passados dados de pessoas desaparecidas, assim como informações que possam auxiliar na localização das vítimas.
Através do site, a população pode compartilhar as informações de desaparecidos por meio do aplicativo WhatsApp e também divulgar um cartaz padrão para divulgação de pessoa desaparecida. Com base nas informações inseridas, o sistema gera a divulgação, que pode ser compartilhada em formato de cartaz ou em link para o aplicativo de mensagens.
Além do número de pessoas desaparecidas no estado, o site também mostra os dados de localizados, sendo atualmente 289 pessoas desaparecidas e 732 localizadas..
O delegado titular da DHPP, Fausto Freitas, ressaltou que o Núcleo de Pessoas Desaparecidas vem realizando um importante serviço social e investigativo para a população da região metropolitana, bem como dando assessoramento às unidades do interior. “O Sistema Abitus veio para dar mais agilidade e qualidade aos trabalhos do NPD”, destacou.
A informação é da assessoria da Polícia Civil.