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Sintep convoca reunião com pais para explicar greve de 30 dias em Matupá

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A subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) convocou uma reunião com os pais de estudantes, ontem a noite, na escola municipal Mundo Encantado da Criança, para explicar a greve dos profissionais da educação que já dura mais de 30 dias no município. “Esclarecemos os motivos pelos quais estamos com a paralisação. Nenhuma reivindicação foi negociada até o momento e, até que isso aconteça, vamos continuar em greve”, afirmou, ao Só Notícias, a presidente do sindicato, Regielma Dentes Nascimento.

Atualmente, 89% dos profissionais da educação do município estão de braços cruzados. Esta semana, mais uma escola rural aderiu ao movimento. No total, a rede municipal tem 1,6 mil alunos, porém, não há confirmação de quantos estão sem aulas. Das duas creches do município, uma está totalmente fechada, e a outra, que tem 18 turmas, trabalha, no momento, apenas com 4. Algumas escolas também trabalham parcialmente.

Conforme Só Notícias já informou, a câmara de vereadores aprovou um projeto de reposição salarial para os profissionais da educação. “A proposta era reajustar o salário dos professores em 8% e os demais profissionais em 9%. Não é o que estamos pedindo e a paralisação segue”, ressaltou Regielma. A intenção é criar de um Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) que equipare o salário dos profissionais da educação, com base no piso nacional, atualmente em R$ 1,9 mil. “O plano foi quebrado em 2012, pois hoje existe um salário mínimo para os funcionários do apoio e técnicos, e outro para o ensino médio. Isso fere a isonomia salarial porque são três reajustes diferentes para a mesma categoria”, afirmou a líder sindical.

Os profissionais cobram a reposição de 13,01% referente ao piso salarial nacional e criação do Plano de Cargos e Carreiras da Educação (PCCS), que, segundo a categoria, deveria ter sido feito em 2012. O prefeito informou que não tem como conceder o reajuste agora e pediu um tempo até maio, data base da reposição dos servidores. Ele declarou que a folha salarial já está com 54% da receita, no limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, e ficará muito acima do limite prudencial se atender a categoria agora.

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