PUBLICIDADE

Sinop: travessia por balsas na MT-220 devido a obras em ponte estão prejudicando produtores, critica associação

PUBLICIDADE

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Antônio Galvan, criticou hoje, em entrevista, ao Só Notícias, a empresa contratada pela Usina Hidrelétrica Sinop para fazer a travessia de caminhões e carretas carregadas com soja por balsas, no rio Teles Pires, 'na ponte da Marina' na MT-220 (Sinop-Juara), que passará por uma elevação de 70 centímetros por conta do aumento no nível do rio devido ao enchimento do reservatório da empresa. A travessia por balsa começou na última segunda-feira e há criticas devido a demora e longa espera. “Essa situação está insustentável. Não tem como aceitar a forma que a usina colocou lá essas balsas. Não fizeram um planejamente e não estão conseguindo dar o fluxo necessário para passagem dos caminhões carregados e os que estão indo até as propriedades para carregar. Estamos em plena colheita e não há possibilidade do produtor continuar aceitando isso. Mesmo com as duas balsas não estão dando conta”, disse Galvan

O presidente da Aprosoja apontou ainda que, se a Usina Hidrelétrica não resolver o problema, os produtores correm o risco de perder a produção de milho que ainda será colhida. “Tem pelo menos 10 quilômetros de filas de caminhões de cada lado do rio. O trabalhador está ficando até 20h parado para conseguir passar. Isso vai causar danos econômicos seríssimos. Tem muita soja para ser retirada e milho para ser colhido. Os produtores não estão tendo  o fluxo necessário no transporte. É preciso uma solução rápida ou o produtor vai acabar perdendo a produção”.

A previsão da empresa é que as obras durem até agosto. Uma das balsas é usada exclusivamente para veículos leves e outra para veículos pesados. Ambas as balsas estão funcionado 24 horas e não está sendo cobrada pela passagem.

Outro lado
Só Notícias tentou mas ainda não conseguiu contato com assessoria da Usina Hidrelétrica Sinop.

A secretaria estadual de Infraestrutura e Logística informou, ao Só Notícias, "que já enviou uma equipe técnica para avaliar e definir a solução mais rápida para eliminar o congestionamento provocado pela utilização de balsas para travessia de veículos sobre o rio Teles Pires, na rodovia estadual. A travessia por balsa foi uma solução técnica adotada para minimizar o impacto da construção de uma usina hidrelétrica na região, mas que não previa maiores transtornos à população. Ao autorizar a interdição da ponte, Sinfra determinou expressamente que fosse assegurado o tráfego de veículos, com fluxo contínuo, interferindo o mínimo possível na rotina de quem passa pelo local. O que, segundo informações iniciais, não vem ocorrendo. Após avaliação técnica, Governo do Estado tomará as atitudes necessárias para que não haja maiores prejuízos e transtornos aos usuários.

A Sinfra ressalta que caso seja confirmado que foram eventualmente descumpridas cláusulas previstas no acordo com o Estado para interdição da ponte, poderá ocorrer a revogação da autorização da interdição e a imediata retomada do tráfego pela rodovia MT-220, que é um eixo estruturante estratégico para o desenvolvimento de Mato Grosso por onde trafega parte da nossa produção agrícola".

(Atualizada às 14:33h)

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE