O diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), sub-sede de Sinop, Valdeir Pereira, informou que os professores e demais profissionais da educação não estão satisfeitos com o remanejamento, por parte da prefeitura, dos servidores da Escola Lizamara Aparecida Oliva de Almeida para outras unidades educacionais do município. “São cerca de 50 trabalhadores que, de uma hora para outra, foram remanejados da instituição onde são lotados, para outros lugares, e mais uma vez, de forma autoritária por parte da Secretaria de Educação”, disse Valdeir, ao Só Notícias.
A escola Lizamara está sendo reformada e a conclusão estava prevista para ser concluída mês passado, mas devem durar, pelo menos, mais 30 dias. Para Valdeir, o remanejamento causa prejuízos aos profissionais e alunos, e o sindicato defende que ao menos os professores deveriam ter sido poupados da medida. “O correto era arrumar uma sala para que eles fossem preparando as aulas, fizessem reuniões para discutir o projeto político-pedagógico do ano letivo, uma vez que depois não sobra tempo. Eles acabaram tendo que ir para outras escolas, muitas vezes distante de onde moram, em comunidades que não conhecem. A realidade é que a prefeitura se ‘embananou’ com o processo seletivo. O prejuízo maior fica para as crianças, que ficam sem aulas”, afirmou.
Outro lado
Em nota enviada ao Sintep, a secretaria respondeu que o remanejamento é prerrogativa da prefeitura prevista em uma lei de 2011 e “a situação perdurará enquanto houver necessidade. O descumprimento dos ditames (aquilo que for estabelecido) resultará em prejuízo do exercício de sua função conforme supracitada, conforme a legislação”.
No ofício, a secretaria de Educação ainda explica que “disponibiliza” um prédio onde os professores “podem se reunir junto à administração das unidades”.