O maior sindicato de base florestal do Norte de Mato Grosso, Sindusmad fará carta repudiando a forma como a operação Arco de Fogo iniciou em Sinop, onde estão instaladas parte das maiores madeireiras do Estado. Desde o início da manhã, agentes do Ibama (Instituto Nacional do Meio Ambiente) acompanhados de policiais federais, começaram a fiscalizar estoques de madeireiras e planos de manejos.
O fato da fiscalização ter iniciado na indústria do presidente do Sindicato das Indústrias Madereiras do Norte causou indignação em diretores da entidade e foi recebida como tentativa de intimidação. Agora há pouco, o diretor Sidnei Belincanta afirmou que todos foram pegos de surpresa, principalmente pelos trabalhos terem iniciado em uma cidade que não foi apontanda pelo Inpe no grupo dos maiores desmatadores do Brasil. “Vamos fazer uma nota oficial, devido a atitude que foi tomada. Temos lá (na empresa), cinco a seis carros da Polícia Federal, homens armados e isto nao é possível, aceitável. A sociedade não pode admitir isto e não apenas o setor”, criticou Bellincanta, que já presidiu o Sindusmad e foi diretor da Fiemt.
O sindicato teme que haja coação. “São empresas estabelecidas, e como que vêm com este aparato, intimidando e coagindo o empresário? Isto é gasto dinheiro público”, acrescentou. Segundo Belincanta, o sindicato não se diz contrário ao trabalho da PF e Ibama, mas teme a forma como a ação será conduzida.
“Somos a favor que a PF e o IBAMA trabalhem, mas também que teremos uma postura quanto a isso. Vamos comunicar as ações que iremos tomar. Não admitiremos coação”, salientou.
Apesar das circunstâncias, o diretor não acredita em perseguição contra os empresários do setor madeireiro. Segundo Belincanta, o sindicato pede que os industriais tenham calma, e contribuam.
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