A concessionária da Usina Hidrelétrica de Sinop (UHE) estipulou que até o final de janeiro serão apresentados cinco imóveis para reassentar os atingidos pelo empreendimento que moram na Gleba Mercedes. Segundo representantes da empresa, já foram identificadas três áreas, cujos levantamentos estão em fase de conclusão para protocolização na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Também ficou acordado que o caderno de preços, documento com a avaliação que deverá ser paga aos proprietários de cada área atingida, será entregue, na sede da empresa, no início de fevereiro. Os assentados terão direito de escolher entre receber a indenização, uma nova área, ou recusar ambos. Neste último caso, a companhia deverá procurar e propor novos terrenos para o reassentamento.
Em relação à regularização da Gleba Mercedes, uma associação dos assentados contratou uma empresa para realizar o georreferenciamento que, entretanto, ainda não foi validado pelo Incra. Representantes da concessionária se comprometeram a cobrar uma resposta do instituto até o dia 5 de janeiro e, caso não obtenham, “outra empresa será contratada para refazer o georreferenciamento”, sem ônus para os assentados.
As definições foram acordadas em uma reunião, proposta pela comissão dos atingidos da Gleba Mercedes e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), e intermediada pela procuradora do Ministério Público Federal, Flávia Cristina Torres, na sede da procuradoria.