O projeto de ressocialização de detentos “Escola Limpa” é uma parceria entre o Conselho da Comunidade de Sinop, Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Secretaria de Obras de Sinop e a direção do presídio Ferrugem e começa ser executado amanhã. O objetivo é utilizar de mão de obra dos reeducandos em serviços para a comunidade como forma de reintegração deles na sociedade. O diretor do Conselho da Comunidade, Denovan Isidoro de Lima, informou ao Só Notícias, que nesta quinta-feira, dez detentos monitorados por tornozeleiras eletrônicas, trabalharão no mutirão, na escola estadual Rodrigo Damasceno, no Jardim das Violetas, na pintura, reparos de alvenaria ou carpintaria, manutenção de parte elétrica, limpeza de pátio e outras atividades.
O projeto é voltado para detentos já habilitados a saírem para trabalhar e segundo o diretor, para cada três dias trabalhados, é reduzido um dia da pena do reeducando. “Esses dias trabalhados são lançados no prontuário do detendo como contagem a favor dele por conta do serviço prestado a comunidade”. A partir dos resultados desta 5ª, o trabalho será direcionado a outras escolas e a previsão é que a parceria realize o projeto mensalmente. A projeção é que 120 detentos possam participar. Os reeducandos são levados ao local de trabalho por equipe da prefeitura.
Denovan conta que já existe 36 presos habilitados ao trabalho atuando nesta parceria e o número só não é maior, por falta de equipamento de monitoramento. Ele diz que o resultado positivo é claramente visível. “Dos presos que saem trabalhar, o índice de reincidência não chega a 5% (que não voltam a cometer delitos), enquanto em outras situações pode alcançar até 70%”. Com mais de dois anos de execução, só foram registrados dois casos de fuga.