A prefeitura não deverá reduzir a carga horária dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias. Segundo o secretário Municipal de Saúde, Manoelito Rodrigues, se a reivindicação dos trabalhadores for atendida, o governo federal poderá cortar recursos para o município. “Não foi e não vai ser (reduzida a carga horária). Existe um protocolo que determina 40 horas semanais. Solicitamos um parecer do Ministério da Saúde, mas, até agora, não fomos respondidos”, afirmou, ao Só Notícias.
No mês passado, os servidores protestaram na câmara alegando que o tempo de exposição ao sol no período da seca, considerado excessivo, poderia causar doenças. Porém, Manoelito garantiu que a prefeitura fornece todos os equipamentos contra a radiação solar. “Além disso, eles (os agentes) assumiram seus cargos sabendo que o trabalho era desta forma. O serviço é assim”, ressaltou.
Conforme Só Notícias já informou, atualmente os servidores laboram 40 horas por semana, jornada que gostariam de ver reduzida para 30 horas semanais. Durante o protesto na câmara, os agentes cobraram intermediação dos vereadores para conseguir convencer a prefeitura a aceitar o pedido, garantindo que, caso a jornada fosse reduzida, as metas de trabalho seriam cumpridas.
Além do apoio unânime dos vereadores, os agentes conseguiram uma indicação por parte do presidente da câmara, vereador Mauro Garcia (PMDB), que cobrou o atendimento da reivindicação dos agentes. “O motivo principal desta mudança se deve ao fato de que o clima de nossa região é muito severo e estes profissionais trabalham sob a intempérie, seja sol ou chuva. Reduzir a jornada é proporcionar-lhes qualidade de vida e saúde, ou seja, proporcionar a eles o que eles proporcionam aos nossos cidadãos”, havia destacado na mensagem.
Atualmente, Sinop conta com cerca de 265 agentes, dos quais, 55 trabalham diretamente no combate às endemias.