O delegado de Sinop, Richard Damasceno, pediu quebra de sigilo telefônico do piloto Cleverson de Souza, que desapareceu no último domingo, após decolar em Tangará da Serra com o avião monomotor PT-NTR, modelo 710 da Embraer, com destino a Sinop. A polícia busca mais informações sobre seu paradeiro. Hipóteses como roubo e seqüestro também são investigadas.
Equipes da FAB (Força Aérea Brasileira) encerraram hoje pela manhã as buscas pelo avião. Desde terça-feira, duas aeronaves sobrevoaram toda a região, num raio de 13 mil quilômetros quadrados. De acordo com a assessoria, mesmo com a suspensão, novos indícios da localização do avião serão apurados.
A única confirmação até o momento é que o monomotor decolou em Tangará, na pista do aeródromo municipal, que estava interditada até o mês de fevereiro. Ele deveria pousar em Sinop, às 11 horas. Um taxista que levou Cleverson do hotel até o aeroporto disse que ele comentou que faria um frete para Barra do Bugres, o que ainda não foi confirmado.
Também não há confirmação se havia mais pessoas a bordo. O proprietário Jocemar Petroski disse que Cleverson já trabalhava há cerca de dois anos com ele e pilotava há quase um ano. Ele declarou que aeronave era utilizada exclusivamente para uso próprio e estava com a manutenção em dia e em boas condições de vôo.
Ontem, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) divulgou nota informando que o monomotor estava proibido de levantar vôo devido irregularidades e com o certificado de aeronavegabilidade vencido.