Sinop é uma das cidades polo que podem receber recursos para a implantação de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) com espaço de internação de dependentes químicos. O anúncio foi feito pela Coordenação de Estadual de Saúde Mental durante o “I Seminário Mato-grossense Sobre Drogas, Internações de Dependentes Químicos e Soluções Político Sociais”. A meta do Estado é implantar as unidades para oferecer um serviço diferenciado no tratamento de dependentes.
O problema de falta de vagas é apontado como a principal dificuldade. Somente neste ano, 200 pessoas foram encaminhadas para comunidades terapêuticas por meio de parceria com o governo do Estado, que paga as diárias. Novas vagas estão sendo abertas, mas não serão suficientes para atender a demanda.
A coordenadora Aurea Assis Lambert destaca que o primeiro CAPs com espaço para estabilização dos pacientes, em um prazo de até seis dias, será inaugurado em Cuiabá. Nos outros municípios, é preciso, primeiro, a elaboração dos projetos. “Até agora Rondonópolis tem projeto, agora vamos incentivar e orientar os outros municípios polos para se organizarem. Precisam fazer projeto e formar as equipes”.
Outra meta do Estado é abrir uma clinica voltada para dependentes de álcool e drogas em Cuiabá. Hoje, somente o Hospital Adauto Botelho recebe pacientes para desintoxicação e por encaminhados por decisão judicial. Outras 70 comunidades terapêuticas trabalham com a internação voluntária. Dessas, apenas 12 conseguiram atender as exigências da lei e receber recursos do Estado.
Este mês, foi aberto edital para contratação de mais diárias e a expectativa é que o número de instituições regularizadas aumente, principalmente no interior. Em muitas cidades, usuários de drogas precisam ser encaminhados para fora para conseguirem o tratamento.