O sargento e assistente de controlador Felipe dos Santos Reis confirmou, há instantes, em depoimento na Justiça Federal de Sinop, que antes do acidente entre o jato Legacy e o Boeing da Gol, não houve falhas de comunicação entre ele e os pilotos Joseph Lepore e Jan Paladino, no trecho em que monitorou o percurso do jato. Felipe confirmou que pode haver “falhas de comunicação” entre aronaves e a torre de controle, mas que, no dia do acidente, isso não ocorreu.
Veja fotos da audiência dos controladores de vôo clicando aqui
Ainda durante o depoimento, Felipe respondeu pergunta do advogado dos pilotos americanos questionou o controlador se, o local onde houve o acidente é um “ponto cego, surdo e mudo”, referindo-se a supostas falhas de comunicação entre aeronaves e torres de comando, na região Norte de Mato Grosso onde houve o acidente com 154 mortos. “Prefiro não responder”, disse Felipe Reis, que é acusado de passar informações erradas aos pilotos sobre a altitude.
Para o procurador Thiago Andrade, o depoimento de Felipe, até agora, “não acrescentou nada de novo e só confirma o que o MP já havia apurado”.
O julgamento foi suspenso por alguns minutos. Na primeira parte, o juiz Murilo Mendes achamou a atenção de uma advogada dos controladores, pelo fato do acusado não ter compreendido algumas perguntas. O juiz disse que se a advogada não fosse mais clara e objetiva estaria piorando a situação dos controladores.
Leia mais
Sinop: controlador não confirma se há ponto cego onde aviões bateram
Sinop: sargento é o 1º a depor sobre acidente com 154 mortos
Sinop: advogado recorrerá para pilotos deporem nos EUA sobre acidente com boeing
Sinop: advogado considera que pilotos desrespeitaram Justiça