A Justiça de Sinop determinou o desmembramento (separação) do processo penal contra um homem e uma mulher acusados de envolvimento no homicídio de Valdemar Francisco da Silva, 61 anos. O pedreiro foi assassinado, em janeiro deste ano, e o corpo foi encontrado em um matagal no bairro Jardim Araguaia.
Conforme dados do boletim de ocorrência, os policiais descobriram o crime após uma denúncia de que o casal estava no imóvel da vítima usando entorpecentes. No local, os militares encontraram apenas instrumentos para o uso de drogas. Os suspeitos relataram que estavam “cuidando” do imóvel para o proprietário e chegaram a apontar que ele havia ido até Colíder para recuperar uma motocicleta que teria sido furtada, em outubro do ano passado.
No entanto, durante as buscas na residência e nos pertences da suspeita, os militares localizaram a Carteira Nacional de Habilitação de Valdemar e um boletim de ocorrência registrado por ele, apontando que a mulher teria se apropriado da moto. Devido às contradições, ambos foram conduzidos à delegacia de Polícia Civil, o homem acabou confessando o crime e levou os policiais até o local onde estava o corpo.
Como a suspeita estava grávida na época da prisão, a Justiça autorizou que ela fosse para o regime domiciliar, tendo autorização para sair de casa apenas para fazer os exames relacionados à gravidez. No entanto, o Ministério Público do Estado (MPE) apontou que, após a soltura, foram feitas três tentativas de encontrar a suspeita, mas ela não foi mais localizada.
Diante dessa situação, a Justiça de Sinop optou por separar o processo penal. Desta forma, cada um dos acusados responderá a uma ação pelo homicídio. Além disso, a Justiça também determinou que a Central de Monitoramento Eletrônico informe os dados da acusada, com base na tornozeleira. O prazo dado é de 24 horas. Os acusados respondem por homicídio duplamente qualificado, cometido por motivo fútil e mediante dissimulação. O suspeito segue na cadeia.