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Sinop: MPE denuncia acusado de matar e jogar idoso no rio; polícia indiciou por latrocínio

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: arquivo/reprodução)

A justiça recebeu a denúncia do Ministério Público Estadual contra o homem de 27 anos acusado de participar da morte de Valmir de Oliveira, de 62 anos, em uma residência no bairro Jardim Maria Vindilina, no mês passado. A promotoria entendeu que foram cometidos os crimes de homicídio qualificado, executado de maneira cruel e para assegurar a impunidade de outro delito, roubo, em concurso de pessoas e com uso de arma branca, e corrupção de menor de idade.

O entendimento do Ministério Público foi diferente da Polícia Civil, que indiciou o suspeito por latrocínio. “Na verdade, na minha petição, quando redigi, eu tinha uma dúvida, pois estava sem o laudo da Politec, que é muito importante para saber se a pessoa morreu a facadas ou afogado. Se você matar uma pessoa para assaltar e depois joga o corpo no rio, é latrocínio. Agora, se a pessoa está viva, e você mata a pessoa para ocultar aquele roubo que você praticou, aí você tem homicídio e mais o roubo”, explicou, ao Só Notícias, o delegado Bruno Abreu, responsável pelas investigações do caso.

O delegado não soube explicar por qual motivo o Ministério Público entendeu por um crime diferente do latrocínio. “O MPE pode ter tido acesso ao laudo após a conclusão do inquérito. O único que eu tinha era o laudo de local de crime, que apontava para um possível afogamento. Se eu tivesse certeza que a causa da morte era asfixia por afogamento eu teria realmente indiciado por homicídio e roubo. O Ministério Público tem a opinião própria e pode ter entendido que não foi latrocínio”.

Ainda segundo o delegado, as provas reunidas durante as investigações apontaram para um possível latrocínio. “Eu não tive acesso ao laudo para saber se ele detectou que (Valmir) morreu afogado, por asfixia. Eu subentendi que ele já estava morto quando foi jogado. Ele foi jogado amarrado. Pelo que a menor falou, a vítima estava inconsciente, já praticamente sem vida. O que eu tinha de indícios era de um latrocínio”.

A menor a qual o delegado se referiu foi apreendida nesta segunda-feira em Sinop. Ela tem 15 anos e também pode ter tido participação na morte de Valmir. “Os policiais cumpriram os mandados e a internação da menor. Foram investigações pontuais realizadas isoladamente que culminou nessa operação. Alguns mandados nós não conseguimos cumprir, mas o trabalho da polícia foi feito. Ela confessou toda a dinâmica do crime, amarrou o senhor junto ( com o outro suspeito), foram até o rio (Teles Pires) e jogaram a vítima. Ela participou de toda a ação desde a entrada a saída da residência, até a morte. O motivo era roubar. A partir do momento que cumprimos a internação provisória, comunicamos ao judiciário para encontrar uma vaga para ela . Provavelmente será em Cuiabá”, afirmou Bruno Abreu, em entrevista coletiva.

Já o acusado de participar do crime segue preso no presídio Ferrugem e terá dez dias para responder às acusações contidas na denúncia do MPE.

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