O Ministério Público Estadual homologou o cálculo de pena pedido pelo juiz da 3ª Vara Criminal, João Manoel Pereira Guerra (foto), para definir qual o prazo mínimo que o jardineiro Edson de Freitas, 33 anos, condenado por assassinar, a facadas, a cantora Eliete Moraes Lucca, em julho do ano passado, poderá sair da cadeia. De acordo com uma fonte de Só Notícias, foi estipulado que Edson deverá cumprir dois quintos da condenação de 16 anos, em regime fechado, equivalentes a seis anos e quatro meses. Com a definição, a previsão é que ele saia da cadeia em 1º de dezembro de 2020.
Entretanto, o jardineiro poderá sair até dois anos antes, caso trabalhe, estude e tenha bom comportamento no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, onde está preso desde a data do crime. Ele já cumpriu um ano de pena. “Além disso, ele deverá passar por uma equipe de psicólogos, que vão avaliar se ele está apto a voltar ao convívio na sociedade”, explicou a fonte.
Edson foi sentenciado, em março deste ano, por homicídio qualificado, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Conforme Só Notícias já informou, ele confessou ter cometido o crime ainda durante a fase de instrução processual. Ele disse que assassinou Eliete por ela “tratá-lo com indiferença após o término de um show”. O jardineiro foi embora para casa e quando Eliete chegou, “travaram uma nova discussão”, oportunidade em que ele desferiu vários golpes de faca contra ela e fugiu do local.
Uma das testemunhas confirmou a versão de que o acusado seria o autor do crime. Em seu depoimento, ela afirmou que “estava sentada na área de sua casa, quando ouviu barulhos vindos da residência da vítima, inclusive um pedido de socorro”. Quando subiu em uma cadeira para observar por cima do muro viu “o acusado lavando suas mãos no tanque” e percebeu que “seus braços estavam sujos de sangue”.
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que Eliete foi atingida por dez golpes de faca, sendo alguns no tórax. Um vizinho recebeu uma ligação do acusado pedindo para que ele fosse até a residência de Eliete, pois ambos teriam brigado. Esta testemunha acionou a polícia e a equipe, ao abrir a porta da residência, encontrou a jovem caída na sala, já sem vida. A faca utilizada foi encontrada aos pés dela. A perícia analisou a cena do crime e posteriormente encaminhou o corpo ao Instituto Médico Legal (IML).
Eliete trabalhava como cantora em uma banda e se apresentava em bailes em Sinop e região. Ela não era casada e deixou uma filha.