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Sinop: movimento estudantil rejeita proposta e permanece com ocupação

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Os membros da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Sinop (UMESS) rejeitaram, esta tarde, a proposta da Assessoria Pedagógica da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) em criar uma comissão entre pais e alunos para debater o projeto de Parceria Público-Privada (PPP), em Cuiabá. Em nota publicada em uma rede social, os ocupantes da unidade cobraram esclarecimentos sobre o projeto. Na publicação, eles cobraram posicionamento do governado e do secretário de Estado de Educação, Marco Marrafon.

"Os assessores pedagógicos trouxeram a proposta do secretário estadual que consiste no pedido para que dois alunos e dois pais fossem para Cuiabá para conversar sobre a terceirização. Depois de muito diálogo com os estudantes e com os pais, decidimos que o secretário se faça presente na unidade para esclarecimento de dúvidas referentes ao projeto e sobre as irregularidades cometidas na Seduc”.

Por outro lado, cerca de 30 alunos da escola estadual Nilza de Oliveira Pipino protestaram, esta manhã, contra o movimento dos estudantes que ocupam a unidade. Eles carregavam cartazes cobrando a retomada das aulas e desocupação do prédio público.

O estudante do ensino médio, Murilo Robusto Baldisera, 16 anos, disse, ao Só Notícias, que a ocupação é realizada por alunos de outras unidades. “São alunos de outras escolas que estão sendo apoiados por alguns grupos. Eles querem fazer pressão em nossos professores que não aderiram a greve geral. Estamos tendo uma perda enorme, principalmente quem está concluindo o ensino médio. Somos prejudicados por meio dúzia que não quer estudar”.

Um dos líderes do movimento estudantil que ocupou a escola, Hernandes José, 17 anos, afirmou que a situação continuará por tempo indeterminado. “Compreendemos o direito deles reivindicarem. Acreditamos que estejam desinformados com o que está acontecendo. Não estamos fazendo baderna. Estamos realizando oficinas culturais, mantendo a limpeza da escola, cuidando da horta e mantendo a irrigação do jardim. Só iremos desocupar a partir do momento em que o projeto de Parceria Público-Privada (PPP) nas escolas for retirado de pauta. Não aceitamos a implantação deste projeto”.

Conforme Só Notícias já informou, a escola foi ocupada, ontem à tarde. A Superintendência de Gestão Escolar da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) se manifestou através de uma nota pública sobre o posicionamento da Parceria Público-Privada. Segundo a nota, será criado um conselho representativo, coordenado pela Seduc, em que serão convidadas as seguintes entidades e instituições: Ministério Público do Estado de MT, Rede de Controle da Gestão Pública no Estado de MT, Representante da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, MT Par, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Associação Mato-grossense dos Estudantes Secundaristas (AME), Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e Conselho Estadual de Educação.

Esse conselho terá o papel de contribuir para a condução do diálogo com a comunidade acerca da proposta da PPP na melhoria da estrutura escolar. Construir a matriz de serviços pedagógicos e não-pedagógicos. Promover a análise e aplicação da legislação vigente. Propor sugestões e acompanhar o processo de implantação das políticas de transformação do ambiente escolar. Por fim, considerando as intenções contidas nos itens acima descritos, a SEDUC conclama a comunidade pela retomada imediata das atividades escolares e o fim das ocupações das escolas públicas, tendo em vista que o diálogo sempre esteve e está aberto e os objetivos de construir um ensino público gratuito e de qualidade são compromissos comuns.

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