Morreu ontem, em um hospital de Sinop, o pedreiro Adriano da Silva Rego, 28 anos. Ele trabalhava na obra de um prédio entre as ruas Azaléias e Amendoeiras quando caiu do andaime. A queda foi de aproximadamente dez metros de altura. Bombeiros levaram-no ao Pronto Atendimento, mas, pouco tempo depois Adriano foi transferido para outra unidade hospitalar.
Adriano se torna a segunda pessoa a perder a vítima em acidentes de trabalho no município. Neste mês, Alex Alves de Lima, 22 anos, morreu em uma madeireira no bairro Jardim Lisboa. Ele e o pai desamarravam o cabo de aço de um caminhão, na empresa, quando uma tora se desprendeu e caiu sobre o jovem. Parte do corpo foi esmagado.
No último dia 19, um adolescente de 17 anos teve parte do pé decepado. O ajudante de lavoura estava sobre uma plantadeira, quando o tubo de adubo entopiu. Ao tentar arrumá-lo a vítima escorregou e sua perna enrroscou no disco de corte.
As três ocorrências retratam a realidade de Mato Grosso, campeão em acidentes de trabalho com mortes. No período entre 1997 e 2006, Mato Grosso teve a maior taxa média de mortalidade específica por acidentes, calculada pelo número de óbitos notificados de trabalhadores segurados do Instituto Nacional de Seguridade Social sobre o total de segurados.
Enquanto a média nacional do período foi de 14,68 mortes por 100 mil segurados do INSS o MT apresentou uma média de 47,26 mortes por acidente do trabalho por 100 mil segurados. No ano de 2007, morreram 143 trabalhadores em acidentes do trabalho notificados no estado.