Outros 17 detentos do presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, começam a trabalhar nas obras da rede de esgoto, na próxima semana. À exemplo dos 21 que começaram em setembro, o diretor da unidade, Pedro Ferreira Martins Filho, explicou, ao Só Notícias, que eles foram analisados por uma comissão laboral, atendendo critérios estabelecidos, como já terem cumprido pelo menos um sexto da pena e por bom comportamento, por exemplo.
Segundo o diretor, o projeto firmado entre o presídio, o Ministério Público, a Fundação Nova Chance e o Poder Judiciário, com aval do juiz criminal João Manoel Guerra vem rendendo resultados satisfatórios. “Dos 21 que começaram a trabalhar, em setembro, da empresa só há elogios”, disse, ao ressaltar o empenho deles, frisando ser um fator importante para ressocialização.
A carga de trabalho é de oito horas por dia e os reeducandos são monitorados em tempo integral por agentes. Eles também recebem um salário mínimo mensal. O contrato de serviços é inicialmente previsto no prazo de um ano, sendo que para cada três dias trabalhado, um é descontado da pena. A previsão do diretor é que mais detentos sejam selecionados a partir do ano que vem.
As obras da rede de esgoto foram iniciadas, no ano passado, no quadrilátero central, compreendido por áreas como o setor comercial e bairros como o Primaveras e o Palmeiras. Elas estão orçadas em R$ 39,6 milhões, com instalação de 206 mil metros quadrados de rede coletora e cinco estações elevatórias. Cerca de 12 mil ligações imediatas são previstas. A estação de tratamento deve ter vazão de cem litros por segundo. A empreiteira tem até agosto do ano que vem para terminar os trabalhos.