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Sinop: justiça torna réu policial acusado de matar empresário em Sinop

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Só Notícias/arquivo)

A juíza da 1ª Vara Criminal de Sinop,  Rosângela Zacarkim dos Santos, recebeu a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra o policial militar Jhonatan Ulysses, 28 anos, acusado de matar, com um tiro, o empresário Edmilson Martins de Lima, 37 anos. Com a decisão, o soldado vira réu por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil.

Edmilson foi atingido por um disparo de pistola 380, após brigar com o policial. O homicídio aconteceu em fevereiro deste ano, no pátio de um estabelecimento comercial, a cerca de 100 metros da delegacia, nas proximidades da praça Plínio Callegaro. O soldado relatou que trafegava em uma GM S10, quando a vítima, que estava em uma Toyota Hilux SW4, “resvalou” em seu veículo. O militar disse que parou a caminhonete no pátio do estabelecimento, quando foi surpreendido por Edmilson, que estava “esbravejando e investindo contra sua pessoa”.

O PM contou ainda, conforme registrado em boletim de ocorrência, que foi agarrado e “esganado” por Edmilson, que, “de forma violenta”, tentava imobilizá-lo. A mulher que estava com o policial também prestou depoimento e relatou que tentou intervir e separar a briga. Porém, segundo ela, os esforços “foram em vão”.

Duas testemunhas também deram versões para o caso. Uma delas disse que presenciou “uma discussão verbal, que evoluiu para embate corporal mútuo”. Segundo esta pessoa, Edmilson segurava os braços do soldado, quando, houve o disparo de arma de fogo. Em seguida, a vítima caiu. Já a outra disse que viu os dois homens em luta corporal e relatou que presenciou quando um deles agarrou nos braços do outro. O homem informou que, na sequência, ouviu um “estampido de arma de fogo” e enxergou um “sujeito” caído ao chão e uma aglomeração de pessoas no local.

 

Jhonatan, que tinha ferimentos nos joelhos, foi até a delegacia, onde prestou depoimento e foi liberado. A arma dele, com 11 munições, foi entregue espontaneamente para perícia. A reconstituição do crime aconteceu em março. O empresário foi sepultado em Maringá (PR), onde residia.

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